É difícil alguém que não ame um filme de Michael Bay, pois sabemos que é exagerado, que destrói tudo o que tiver na frente, e que principalmente não economiza em explosões, câmeras lentas, coisas voando e destruições, então é ir assistir qualquer filme seu que pode ser a história mais simples possível que vai ter um orçamento milionário recheado de coisas impactantes, e aqui temos vários helicópteros em cena, vários carrões ultravelozes, várias viaturas, interações para todos os lados, e até um cachorro gigante dentro de um carro minúsculo (afinal tudo do diretor tem de ser o mais exagerado possível), e com isso adaptando um longa dinamarquês de 2005, ele conseguiu impactar demais também, fazendo situações fortes (confesso que quase passei mal com a cirurgia, afinal foi bem realista), perseguições incríveis com jogadas de carro para todos os lados (e quem conhece seus making-offs sabe que ele gosta de coisas reais sem muita computação), e ainda por cima conseguindo envolver o público com muita emoção na história do protagonista e tudo o que ele faz em cena, pois facilmente o final é bem revertido para algo marcante e chamativo. Ou seja, é o clássico de Bay chamando um "Velozes e Furiosos" de seu no melhor estilo que a franquia dos carrões tinha no começo, com roubos, carros e perseguições, então quem sabe logo ele pegue alguma das sequências para brincar também.
Sobre as atuações tenho de falar que conseguiram colocar tanta personalidade nos protagonistas que acabamos nos envolvendo até mesmo com os médicos que orientam a cirurgia por celular, então o que falar dos que realmente estiveram presentes do começo ao fim? Que foram perfeitos! E digo isso sem pestanejar de forma alguma, pois Jake Gyllenhaal é daqueles que entregam um ladrão cheio de estilo, porém completamente insano e desesperado com seu Danny, que com certeza tomou uns 10 litros de energético para ficar na onda completa que o papel lhe pedia, e com isso vemos tudo de uma forma tão explosiva e bem colocada que impacta e agrada demais, ou seja, preciso de olhares, de tons e de expressividade na medida certa que o longa precisava. Da mesma forma Yahya Abdul-Mateen II entregou seu Will com muita imponência, cheio de dramaticidade, preocupado com tudo e com todos, mas também bem desesperado com a situação, sendo fluido e marcante nos atos, trabalhando trejeitos e sendo incrível demais nos momentos que precisaram dele. Eiza González também conseguiu soar marcante com sua Cam, fazendo o papel de uma forte socorrista, com muito sangue frio para todas as situações, e envolvendo com muita clareza nos atos mais dramáticos e fortes, isso tudo balançando para lá e para cá dentro da ambulância, fazendo coisas que nem se imaginava, e o melhor, fazendo bem. Ainda tivemos bons atos do lado de fora com os policiais vividos por Garret Dillahunt com seu Capitão Monroe cheio de boas piadas e sacadas estratégicas, e Keir O'Donnel fazendo do agente do FBI Anson um personagem com muitos elementos para serem trabalhados, ou seja, funcionou também no meio da bagunça. Quanto aos demais, a maioria fez aparições, tivemos Jackson White como o policial ferido dentro da ambulância fazendo boas caras e bocas, o seu parceiro vivido por Cedric Sanders correndo revoltado atrás de vingança, e ainda a galera do crime bem representada por A Martinez com seu Papi e Jesse Garcia com seu Roberto, ou seja, um elenco repleto de bons atores e bons personagens que funcionaram demais.
No conceito visual é facilmente olhar para o filme e ver a assinatura de uma produção de Michael Bay, pois logo de cara temos um resgate de um acidente pesadíssimo com uma garotinha empalada, ou seja, sangue e tensão em nível máximo, depois já temos um assalto de banco gigantesco, cheio de reféns e toda a preparação cênica marcante, antes disso temos um galpão abarrotado de carros luxuosos, ai acontece toda a explosão do roubo com viaturas policiais brotando igual quando se pisa em um formigueiro, tiros de armas pesadíssimas para todos os lados, muita interação de diversos figurantes, e na sequência os protagonistas já pegam uma ambulância que é quase um jatinho ultraveloz e recheado de elementos para todo tipo de cirurgia e salvamento de vida, que sai arremessando o que tiver na sua frente por uma Los Angeles movimentada, passando por pontos marcantes da cidade, todos os diversos viadutos e rodovias, ou seja, interação máxima até chegarmos numa tocaia completamente insana de armas, isso tudo sendo acompanhado por mais uma tonelada de viaturas, helicópteros e muito mais.
Enfim é daquelas tramas barulhentas e ensurdecedoras, recheada com uma ação gigantesca que recomendo ver na maior sala de sua cidade, no caso optei pela sala Imax, então não espere para ver numa telinha que o filme vai perder completamente todo o impacto, e que só não falo que é perfeito por conter dois dos maiores problemas de filmes de ação: exagerar em situações improváveis que jamais aconteceriam e que só rindo para se divertir ao invés de acreditar, e contar com três cortes de cenas importantes no miolo que fizeram muita falta, parecendo ser até um erro (a principal no rio com os helicópteros sendo atingidos e sumindo), ou seja, se você relevar é totalmente possível de curtir, mas que dá para reclamar muito, com certeza dá. Irei preferir relevar, pois curti demais tudo, então recomendo ele para todos, e fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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