Como falei no começo do texto, o diretor Joe Carnahan entregou longas bem intensos nos últimos anos, com sacadas bem montadas e dinâmicas entrelaçadas entre personagens, e aqui ele foi seguro demais em algo que não explodiu bem, pois volto a frisar que não é algo ruim o que ele faz, tendo cenas bem intensas de ação, vários momentos cheios de desenvoltura própria, mas assim como a delegacia onde tudo ocorre é no meio do nada, sua trama aqui também é meio que jogada no meio do nada, não impondo direito o caso que ocorreu antes, não tendo grandiosas explicações de quem são os personagens ali, e com uma abertura ampla demais para tudo o que rola fica parecendo faltar conexões suficientes para acreditarmos no que está acontecendo ou que talvez a trama seja parte de algum projeto maior que não conhecemos. Ou seja, é um bom filme de ação com suspense, que vale o tempo dispendido assistindo, porém ficou faltando digamos uns 20 minutos antes no começo e mais uns 20 minutos depois no fechamento, para que aí sim o projeto ficasse completo, mas isso é uma opinião de quem gosta de tudo fechado, e talvez muitos até entrem no clima completo do filme, afinal tem tiros para todos os lados e boas nuances, então o resultado agrada.
Sobre as atuações também era esperado algo a mais do elenco imponente escolhido, afinal Frank Grillo sempre trabalha uma personalidade dupla imponente, cria boas dinâmicas para seus personagens, e aqui seu Teddy Murretto pareceu estar acomodado demais com tudo o que ocorre, não envolvendo a tensão em cima dele, nem desenvolvendo muitas dinâmicas que cadenciasse seu personagem, e assim até teve alguns momentos chamativos para impressionar, mas não foi muito além. Da mesma forma, estamos tão acostumados com a pancadaria clássica de Gerard Butler, que ver ele apenas encarando o outro protagonista pela cela, e depois atirando e enfrentando no banheiro com algumas dinâmicas fracas para seu Bob Viddick acaba não sendo o que esperava ver, mas como sempre faz bons trejeitos ao menos. Ainda tivemos cenas bem marcantes da policial Valerie Young bem trabalhadas por Alexis Louder, quase carregando o filme todo nas costas, com dinâmicas intensas em todos os atos, e até mesmo sentada com uma bala no corpo fez bem mais que todos os homens em cena, ou seja, segurou a onda toda. E claro que tenho de falar sobre toda a psicopatia e loucura que Toby Huss entregou para seu Anthony Lamb, criando intensidade nos trejeitos e sendo marcante em suas cenas, ao ponto que funcionou bastante para os atos em si, e merecia mais destaque na trama. Quanto aos demais policiais, fica tão na cara logo na primeira cena dentro da delegacia que Ryan O'Nan vai ir contra todos que nem economizaram na surpresa, ao ponto que seu Huber é fraco e sem estilo.
Visualmente a trama não tem grandes feitios, primeiro por ser uma locação quase que única, a delegacia no meio do nada, com uma portaria, uma área central quase parecida com um escritório tradicional e as celas aonde os protagonistas fazem a maioria das cenas, tendo ainda todo um fundo dos vestiários aonde está em reformas que ocorrem os atos finais mais intensos, ou seja, a equipe de arte nem precisou brincar muito com nada, tendo um pouco mais de trabalho nas cenas finais de tiroteio e explosões, aonde vemos um algo a mais na tela com grandes armas, tiro em vidros, e claro a desenvoltura da fumaça no banheiro, mas poderiam ter brincado mais nas cenas iniciais também para mostrar um pouco de serviço.
Enfim, não chega a ser um filme ruim, pois as dinâmicas finais acabam empolgando e servindo para que a trama deslanche, porém demoraram demais para tudo acontecer, e assim sendo o filme acaba ficando meio morno demais até acontecer. Sendo assim diria que recomendo ele com algumas ressalvas, mas dá para passar o tempo com e se envolver com o que é mostrado. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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