Como já disse a principal mudança do longa ficou por colocarem um diretor bem mais experiente em diversos estilos, e que se propôs a dar uma vida mais ampla para a trama dos detetives, ao ponto que Mauro Lima soube desenhar algo bem próximo das aventuras hollywoodianas, com protagonistas viajando por diversos ambientes, conhecendo outros personagens que se conectem com tudo, e dando principalmente um ritmo coeso para que tudo fluísse bem, ou seja, ele deixou de lado o ar mais caseiro da produção com investigações simples e colocadas, e abriu o leque numa viajem ampla, colocou muitas lutas entre os bruxos e bruxas, e trabalhou bem todo o sentido investigativo, com pistas, com adversários e claro com uma boa síntese, que talvez pudessem ter dado um fechamento melhor, mas já agradaram bastante, só não acredito em ter mais uma continuação, a não ser que seja de passagem de bastão, pois os atores já estão adultos e não caberiam mais nos papeis tão jovens.
E falando nos atores, os jovens Leticia Braga, Anderson Lima e Pedro Henriques Motta já são donos de seus personagens Sol, Bento e Pippo, pois já estão há anos nos papeis e desenvolveram um carisma próprio para cada momento, fazendo os devidos trejeitos e se colocando bem nas interações sem soarem artificiais com o que precisam fazer em cena, ou seja, eles já agem sozinhos e conseguem agradar bastante tanto entre eles, como nos atos que precisam se integrar com os demais, agradando sem apelar, mas como já falei estão grandinhos demais para o tom do filme, então se houver um próximo já estarão com seus quase 18 anos e não vai ser bacana de ver. Nicole Orsini já tinha surgido no longa anterior com sua Berenice, e aqui foi muito mais usada já que a trama envolveu mais feitiços, e assim a jovem deu boas nuances e brincou bem com seu raio roxo. Ronaldo Reis que fez apenas papel meio de bobo nos longas anteriores com seu Severino, aqui incorporou trejeitos mais malvados, tensos e marcantes, já que estando enfeitiçado pode ousar mais e brincar um pouco como um mago bem longe da portaria do prédio, e assim não indo muito longe fez bem tudo o que precisava para aparecer. Quanto aos demais que foram incorporados na nova trama, os destaques ficam para Alexandra Richter e Klara Castanho como as cobras Duvibora e Dunhoca que seguem os protagonistas, soando até bobas demais, mas indo bem no encaixe, e também para o piloto vivido por Rafael Cardoso com ar bem maluco e claro para o bruxão maluco que cuida da fábrica de doce de leite vivido por Lázaro Ramos, mas nada que chame muita atenção, sendo apenas bons conectores para o filme.
Visualmente a trama brincou bem com voos de balão, um museu da aeronáutica, um galpão meio abandonado de aviões, o voo dentro da aeronave meio abandonada, muitas cenas na neve de Ushuaia, uma fábrica de doce de leite mágica com algumas alegorias voando, um trem bem clássico, e algumas cenas dentro de uma caverna encantada com vários portais, tudo isso junto de vários efeitos mágicos, figurinos para o frio de -10º que enfrentaram na Argentina, e alguns momentos meio bobinhos dentro do prédio azul que poderiam até ser eliminados, mas que funcionou dentro da proposta, mostrando que a equipe de arte não economizou.
Enfim, está longe ainda de ser algo memorável e que chama muita atenção, mas se comparado aos outros dois filmes da franquia o resultado é imensamente melhor, valendo bastante para os fãs da franquia que se divertiram bastante na sala, quanto para quem curtir uma aventura infantil bem trabalhada, e sendo assim vale a indicação para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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