Diria que o diretor Daniel Espinosa ficou tão empolgado em lhe darem um roteiro de personagem dos quadrinhos que quis ousar na tela, e sendo uma trama que é puxada para o lado do terror, ele foi um nome até que bem colocado na produção, porém não dá para saber o que lhe foi passado na ideia que queriam para o visual do personagem e nos "voos" dele, pois certamente muitos irão atacar como sendo um erro de direção que ocorreu, e até podemos dizer que tem um pouco de culpa, já que no corte final ele poderia pedir melhorias nos trabalhos da edição e finalização para que o filme não ficasse tão estranho. Claro que ele conseguiu criar um clima de terror meio que das antigas, aonde o visual dos personagens soa tenebroso, usou e abusou de ambientes bem escuros, e claro muitos ataques mortais dos personagens, que até poderiam ter mais sangue com a violência (mas vamos dizer que os vampiros não deixaram escorrer nenhuma gotinha para fora!), e assim sendo concentrando na história, o longa foi bem trabalhado, conhecemos mais do ego do protagonista de não querer ganhar prêmios, mas sim sua cura, não desejar tanto dinheiro, embora já parecesse meio rico, e claro trabalhou bem toda a intensidade nas brigas, embora a luta final tenha ficado meia insossa e ganhada fácil demais, mas serviu bem e até agrada, se relevarmos muitas coisas.
Sobre as atuações, mesmo sendo extremamente maluco em tudo o que faz, eu curto demais o estilo do Jared Leto, e aqui nas cenas que ele teve um pouco mais para interpretar o personagem acabou se saindo bem, dando uma dosagem meio que desesperada para ele, um ego forte, mas controlado, e até um estilo misto entre querer ser herói ou vilão, porém há uma falha gigantesca na passagem de sua luta final, aonde está sendo vilão, com o que rola na segunda cena pós-crédito, pois lá ele já está como um vilão querendo ir atrás do Homem-Aranha junto do personagem que aparece, sem nem saber sequer o motivo disso, ou seja, ficou meio jogado ali a cena, o que não é culpa do ator. Agora quem se saiu muito bem em cena foi Math Smith com seu Milo, pois deu nuances de revolta, se entregou bem nos atos mais imponentes, e lutou com muito estilo em todas as cenas, aparentando estar gostando de ser um vilão realmente, e poderia ter ido até mais além em muitas cenas, mas não sobrou espaço para isso. Adria Arjona até teve alguns atos para tentar aparecer mais com sua Martine, teve o ar romantizado bem colocado, mas não se impôs em nenhuma cena mais chamativa, e isso acabou pesando um pouco, agora é ver o que vai rolar se tiver uma continuação do filme (o que acho bem difícil de ocorrer). E se para os protagonistas já foi difícil chamar a atenção, então para os secundários ficou algo ainda pior, ao ponto que Tyrese Gibson até tentou ter alguns atos sérios e chamativos para seu investigador, mas não foi muito além, e Jared Harris até foi bem marcante como um médico que cuidou a vida toda dos dois protagonistas, mas acabou sumindo demais na maioria das cenas, e isso nunca é bom.
Agora entramos no principal problema do filme, os efeitos visuais, pois o filme poderia ser incrível com o laboratório imponente do protagonista com seus morcegos voando num grandioso tubo, poderia ter trabalhado mais na cena da caverna que é quase um enfeite alegórico bem rápido, poderia ter trabalhado mais o segundo laboratório que ele cria numa buraco meio que abandonado da cidade, mas não tudo isso é colocado em cena sem quase ser usado, e até mesmo nos atos das crianças vemos apenas uma rápida conexão no internato, depois algo bem rápido que nem é mostrado direito a mansão do vilão, ou seja, tudo é muito jogado na tela, e piora ainda mais quando os personagens ficam pulando pelos prédios, com efeitos de aceleração horríveis e estranhos, quase como flashes de imagens, e se falarmos então do trabalho da equipe de maquiagem, se eu fosse o maquiador do longa mandaria tirar meu nome dos créditos, pois não irá arrumar trabalho nunca mais.
Enfim, é um filme que até daria um 8 pela história interessante, um 4 pelo visual e maquiagem (tem salvação se pensarmos como um filme de terror), e um 3 pelos exageros na montagem de velocidade com cenas em slow desnecessárias, saltos e tudo mais de bizarro possível, resultando numa média 5, mas como acredito no potencial vou dar um ponto a mais e fechar com um 6, mesmo as cenas pós-créditos sendo ainda mais bagunçadas com tudo (tem duas rápidas logo de cara que não tem nem nexo como já falei acima pelo que rola). Ou seja, é daquele filme que vai ter bem mais reclamações do que elogios mundo afora, que muitos irão ver para realmente ter certeza que é tudo de zoado que estão falando, mas que quem sabe uma continuação caindo nas mãos de um diretor melhor consigam salvar o personagem, então fica a dica, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais.
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