Diria que o diretor Peter Sollett não quis explodir tanto o roteiro de D.B. Weiss, que muitos conhecem pelo que fez em "Game of Thrones", pois certamente a trama iria muito mais além do que um simples romancinho leve com músicas pesadas e conexões emotivas de uma formação de banda, mas ele foi sábio em trabalhar o alcance com isso, pois talvez algo mais intenso levaria o longa para um rumo que não pegaria tanto público como o que fez aqui, e ele soube dosar as dinâmicas, colocar o vértice do tratamento que alguns pais dão para os gostos dos filhos, o conflitivo mundo das escolas e tudo mais, ao ponto que ele até pode criar algumas discussões amplas, mas o básico de uma boa sessão da tarde é o envolvimento emotivo, e nesse sentido o filme é honesto e funciona bem, sendo bonitinho e agradável, que até poderia ir além, mas que fazendo o básico acerta também.
Sobre as atuações podemos dizer que o jovem Jaeden Martell já vem há algum bom tempo acertando a mão no que vem fazendo, ao ponto que aqui ele entrega seu personagem quase que sem carisma algum com nuances doces e bem colocadas que vamos nos apegando à seu Kevin, de uma maneira que no final já até torcemos para ele se dar bem em tudo, ou seja, o jovem ator tem crescido muito no que faz, e foi muito bem aqui também, aliás não sei se tocou realmente bateria como fez no filme ou se usou um dublê ali, mas deu show nas cenas atrás das baquetas. Já Adrian Greensmith estreou nas telas com seu Hunter, e além de se entregar bem num personagem complexo, fazendo entonações fortes e bem colocadas, mostrou ser um ás das guitarras pelas entrevistas dadas, e o jovem protagonizou com muita força tudo, agradando e desenvolvendo bem toda a personificação dos garotos que curtem o ritmo e são vistos de forma diferente nas escolas, ou seja, tem chances de ir bem se seguir carreira. Isis Hainsworth fez trejeitos meio conflitivos na tela, para passar bem também essa ideia de que as pílulas da felicidade como são chamados alguns antidepressivos, mudam totalmente uma pessoa, e que muitos nem precisariam delas para serem eles mesmos numa sociedade normal, ao ponto que sua Emily acaba funcionando de várias formas, agradando de uma maneira forte e sendo singela também. Quanto aos demais, tivemos poucas interações e atos para chamar atenção propriamente dizendo, mas claro que o destaque fica para Noah Urrea que é cantor realmente de profissão pelo Now United, e aqui emprestou o carisma para o papel de Clay, e assim sendo também puxar alguns fãs da banda para o longa, mas o jovem foi bem nas duas ou três cenas que aparece. E embora apareçam apenas em uma ceninha, os grandes nomes do metal Scott Ian, Tom Morello, Kirk Hammett e Rob Halford foram bem no que entregaram.
Visualmente o longa tem estilo dentro da proposta com muitos acordes fortes nas guitarras, baterias e até no violoncelo, claro mostraram muito do ambiente escolar, alguns bons atos com uns carrões, fizeram claro a homenagem ao Kiss com o jovem protagonista se maquiando de branco e preto, e claro tendo a famosa jogada de uma competição musical, além da famosa rixa de bandinhas de casamentos, ou seja, a equipe quis brincar com todas as possibilidades e se deu bem.
Enfim, é uma trama simples que agrada de certa forma à todos, sendo daqueles filmes que dá para conferir com a família num domingo a tarde de boa, passando bem o tempo e agradando com o resultado, e claro para muitos conhecerem um pouco mais das bandas de rock pesado que quase ninguém conhece (apesar de aparecer só as grandonas na tela), e assim sendo vale a dica. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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