Depois de anos produzindo grandes filmes, Randall Emmett resolveu encarar sua primeira direção aqui usando boas bases que já viu espalhados nos diversos anos, pois entregou estilo e propriedade nas cenas, porém poderia ter ousado um pouco mais nos atos de tortura do serial, poderia ter criado momentos mais fortes nas capturas, e até mesmo envolvido um pouco mais os policiais para suas cenas, pois tudo acabou ficando aberto demais, todas as situações não entraram imponentes o suficiente, e assim sendo acabamos vendo um filme que soa intenso, mostra toda a "biografia" do serial, mas não atinge nenhum grande ápice, ou melhor, na cena que temos a briga final ela não chega nem acabar sendo meio que apagada para logo em seguida já ir para o hospital, ou seja, não vemos o acontecer realmente, e isso pesou um pouco. Ou seja, não vemos um filme ruim, de forma alguma, acaba sendo bem tenso alguns atos, e muitas cenas são bem trabalhadas, porém não foram muito além com nenhum dos três vértices, e assim o resultado final ficou um pouco morno demais, mas agrada de certa forma, e talvez uma direção mais experiente pudesse mudar tudo.
Sobre as atuações, vou começar falando do serial killer que Lukas Haas entregou com muita propriedade, fazendo seu Peter com olhares bem calmos com a família, mas passando toda a nuance de psicopata quando está com as garotas, num ar estranho de ver, mas preciso para o que o papel precisava, ou seja, foi muito bem em cena. Emile Hirsch também ousou com um estilo direto e preciso nos momentos de seu Byron, se jogando completamente em prol do serviço e quase deixando de lado a família, o que soa até um pouco estranho de ver (aliás as cenas com a família poderiam nem ter existido, que não serviram para muita coisa), mas seus atos foram imponentes e funcionaram bastante, valendo o esforço. Por incrível que pareça Megan Fox até teve atos interessantes com sua Rebecca, socando o marido Machine Gun Kelly, que faz o cafetão Calvin, e se jogando em cenas fortes bem marcantes, mas poderia ter ido bem além se tivesse uma direção mais efetiva. Caitlin Carmichael fez umas caras e bocas bem expressivas com sua Tracy, chamando a atenção nos atos que precisavam disso, e acabou agradando bastante, tanto que poderia ter tido mais importância algumas cenas suas, mas não rolou. Agora Bruce Willis ainda estou tentando entender sua participação na trama, e principalmente no pôster, afinal seu Karl é quase um enfeite cênico, tendo alguns diálogos abertos sem muito chamariz, e nem se impondo em algumas cenas fez, ou seja, pagaram para vender seu nome no filme apenas.
Visualmente a trama teve atos bem marcados com as cenas dentro do cativeiro, algumas boas marcações cênicas nas cenas com mortes sejam no motel ou debaixo da ponte, várias imagens fortes das moças mortas nas estradas, e claro alguns atos menos expressivos na transportadora, no posto e na casa do vilão, aonde tudo parecia ser a maior maravilha possível, ou seja, a equipe de arte até foi bem simbólica no que desejava passar, mas a direção não ajudou tanto.
Enfim, é um filme interessante na proposta, que já vimos em outras formatações, e que agrada de certa forma se não formos tão exigentes com tudo o que é mostrado, sendo o grande defeito de terem exagerado nos cortes das cenas de maior impacto ao invés de mostrar elas acontecendo realmente para impactar, e claro nas cenas desnecessárias de Bruce, mas foi uma opção da direção de primeira viagem para vender o longa, afinal ele é muito mais produtor do que diretor, e assim sendo fica a dica. Bem é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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