Diria que o diretor Keith Thomas e o roteirista Scott Teems pegaram o texto de Stephen King e imaginaram tudo o que viram nos longas de quadrinhos, de heróis, vilões e tudo mais, e simplesmente colocaram na tela, ao ponto que deu o tempo pararam a câmera e o espectador que curta ou não como finalizamos, pois tem todo o nexo da divindade no fechamento, mas falta algo a mais, falta dizer o que vai rolar depois, e mesmo a base toda é curta e direta demais, sem florescer o crescimento da garota com seus poderes. Ou seja, acabamos vendo um filme de 94 minutos inacabados, que precisaria sim de mais 30 e talvez ainda não seria suficiente, mas é o que temos, e assim sendo vou torcer para que quem sabe saia uma continuação, o que acho bem difícil, afinal não é o estilo que tem continuações.
Sobre as atuações, Zac Efron até foi bem com seu Andy, fez algumas cenas emotivas chorando sangue, e foi bem como um pai zeloso, mas poderia ter mais força ou mostrar mais dos seus tempos gloriosos para criar um algo a mais, diria que está melhorando seu estilo de interpretação e logo mais deve ficar bem sem ser mais o galã tradicional. Ryan Kiera Armstrong entregou uma boa imponência para sua Charlie, e pasmem foi um dos primeiros personagens que Drew Barrymore fez nos cinemas, logo depois de "E.T. - O Extraterrestre", então a jovem se seguir a mesma linha tem futuro, e bons trejeitos ao menos mostrou. Gloria Reuben se portou de uma maneira até que bem forte para que sua Capitã Hollister fosse chamativa, mas tem praticamente três cenas apenas, e meia dúzia de falas que não vão muito além, ou seja, nem foi usada como deveria. O papel de Wanless que Kutwood Smith fez pareceu bem importante, mas apareceu em menos de 2 minutos de tela, ou seja, serviu para nada na trama, ou vai sobrar para a continuação, então veremos. Michael Greyeyes foi bem forte com seu Rainbird, mas não consegui ver direito qual o poder real dele em cena, ao ponto que o ator fez dinâmicas marcantes e deu seu nome ao personagem, o que também pode ser que usem na continuação. Já a mãe da garotinha que Sydney Lemmon entregou até teve algumas nuances interessantes, mas morreu rápido demais, e assim não foi além.
Visualmente o longa passou praticamente por quatro ambientes, a escola da garota aonde ela sofre bullying e bota fogo no banheiro, a casa dela invadida e a garota surtando e botando fogo em tudo, uma fazenda com uma mulher acamada e um marido bêbado (até que bem desenhada pela equipe de arte), e o centro de pesquisas aonde ocorrem as cenas finais, ao ponto que todos foram bem recheados de elementos para a garotinha explodir e se desenvolver, mas se você ficar olhando para o cenário o longa acaba de tão rápido, ou seja, faltou trabalhar um pouco mais de tudo, que aí sim o trabalho da equipe de arte seria exigido e funcionado bem.
Enfim, é um filme que talvez gere frutos futuros, mas que faltou muito para ser algo chamativo nesse primeiro momento, ao ponto que ou soltam logo uma continuação, ou quando vier nem lembraremos que vimos ele, pois é fraco de essência e fraco de desenvolvimento, o que é uma pena, afinal todo texto de King é imponente para agradar, e não rolou. E é isso meus amigos, não indico o filme e fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, afinal essa semana está bem cheia, então abraços e até logo mais.
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