Como falei no começo, os diretores Reid Carolin (que já dirigiu Channing em tantos outros filmes) e Channing Tatum (em sua primeira oportunidade na função) foram meio que conflituosos num roteiro do próprio Reid junto de Brett Rodriguez, pois é notável que havia horas no filme que tudo deslanchava bem com uma proposta de um road-movie intencional, com paradas diversas para flertes, romance tântrico, hotel com honra militar, prisão, encontro de irmãos e de familiares, e por vezes puxava para algo mais emocional e de conexão realmente entre os protagonistas, e muitos nem vão notar essas quebras, mas irão sentir mesmo a falta de clima e emoção na trama, o que é um grandioso peso para carregarem na execução do filme, afinal tudo poderia ir muito além, o que acabou não acontecendo, mas nunca saberemos qual ideia é de cada um, então o jeito é assistir e se envolver apenas como um bom passatempo de domingo, mas que foi uma primeira direção bem trabalhada, pelo menos isso podemos dizer que Tatum fez, só poderia ter ido mais além.
Quanto das atuações, diria que vale falar apenas de Chaning Tatum mesmo com seu Jackson Briggs, pois a maioria foi apenas aparições pelo meio do caminho, e assim sendo o ator que é também o diretor do longa fez o que sabe fazer bem que é trabalhar trejeitos fortes mistos com situações meio que bobas e sempre com olhares marcantes, e aqui não desapontou nesse sentido, ao ponto que representou bem os apitos na cabeça que muitas pessoas tem com traumatismo craniano, a abstinência de remédios, e tudo mais, ao ponto que mantém seu personagem de uma forma bem dosada e agrada. Outro que agrada na verdade são três garotas, Zuza, Brita e Lana 5, que não dá para determinar em que momento é cada uma, mas foram muito bem na representação de Lulu do começo ao fim, sendo extremamente bem ensinadas e expressivas, tirando o máximo da paciência do protagonista, e assim agradando demais, portanto espero que o cachê delas tenha sido bem bom de petiscos! Já os demais atores nem vou entrar muito em detalhe, pois somente Ethan Suplee foi um pouco além com seu Noah nas cenas de busca dos pertences do protagonista junto com seu cão Rocket, e Kevin Nash junto de Jane Adams brincaram um pouco mais na cena da maconha, mas nada de muito importante para ser destacado.
Visualmente o longa foi bem simples, pois sendo um road-movie só precisou de uma caminhonete velha, que passa por alguns pontos dos EUA, como uma plantação clandestina de maconha com um maluco e sua esposa vidente, sendo algo bem montado no contexto visual da casa com muitos detalhe, depois temos a casa da ex-mulher do protagonista que foi quase dois frames do filme de tão rápido, o lance no hotel de luxo bem representado que já é mostrado quase que na totalidade do trailer, mas que ousa bem com os instintos de ataque da cachorra para que foi treinada, uma prisão simples também, mas com momentos divertidos pelo contexto em si, a casa do irmão da cachorra com uma busca no meio de drogados, sendo bem representativa pelo faro dos cachorros, um galpão no meio do deserto debaixo de uma tempestade bem cenográfica, mas com TV funcionando e criando momentos gostosos dos protagonistas, e claro o velório bem simples e emotivo, ainda tendo depois novas cenas no deserto e num campo de treinamentos, ou seja, tudo bem representativo que quase vemos um livro funcional na telona, e assim sendo algo que a equipe de arte trabalhou bastante para colocar tudo em detalhes.
Enfim, é um bom filme, mas que passou muito longe de atingir o ápice que poderia se colocasse um pouquinho mais de momentos emotivos, para realmente pegar o público e envolver no máximo como a maioria dos filmes de cachorros fazem conosco, então fica a dica para um bom passatempo ao menos, que vale dar aquela conferida em casa no sofá do domingo. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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