Diria que o diretor e roteirista Mateusz Rakowitz até entregou dinâmicas inteligentes em um filme de época interessante de ser conferido, porém ao necessitar apelar demais para soar convincente numa trama nada tradicional o resultado acabou desandando demais, pois vemos um personagem bem mítico, mas que soa bobo demais para alguém tão inteligente, e se o fechamento de sua história foi realmente da forma mostrada então, o absurdo acabou ficando ainda mais estranho de ver. Ou seja, não posso falar que seja uma direção ruim, muito pelo contrário, o longa tem técnicas incríveis colocadas no decorrer da exibição, mas a história é tão estranha que só se entrar realmente no clima e deixar de lado tudo que dá para rir de algo, senão vai apenas achar estranho e nada mais. Sendo assim, poderiam ter deixado apenas como uma trama policial de ação, com algumas nuances cômicas, que o resultado seria imensamente melhor.
Sobre as atuações, tenho de dar claro o grandioso mérito para Dawid Ogrodnik fazenbdo o papel principal de Zdzisław, pois ele pegou o filme para si e fez tudo e mais um pouco que precisava, criando grandes atos explosivos, situações amplas e bem conectadas, e bons trejeitos para que o seu personagem fosse carismático, e assim sendo agrada mais do que propriamente o filme, e isso é algo raro de acontecer, pois geralmente o protagonista faz um bom filme, não um filme fazer um bom protagonista, e aqui rolou isso. Da gangue dele vale destacar somente Jakub Gierszal, nem tanto pelos atos enquanto está na gangue com seu Antos, mas sim na segunda fase do filme quando vira um delinquente de uma máfia e está completamente malucão em cena, pois todos durante os roubos fazem quase uma orquestra bem regida pelo maestro, mas nada que surpreenda expressivamente. E quanto dos policiais são praticamente um grupo de patetas que não se atentam a detalhes, usando de truculência ou de dormidas no ponto, de tal maneira que chega a ser desanimador ver tudo o que fazem, valendo apenas mencionar Robert Wieckiewicz com seu Barski, pelas dinâmicas que se envolveu, mas nada que vá me fazer lembrar dele em outro filme. A namorada do protagonista só vale pelas boas cenas de pegadas, que foram meio que desnecessárias da forma mostrada exageradamente sexual, mas se Masza Wagrocka concordou em fazer para sua Tereska ficar mais interessante, sem problemas.
Visualmente o longa funciona bem dentro do contexto da época, mostrando ladrões roubando grandes centros comerciais e lojas para vender para o público em geral que está desejando esses produtos, mas não tem dólares para comprar, afinal o país vivia um comunismo monstruoso na época, e assim vemos tudo bem representativo como lojas só com os ricos, vendas de carros lotadas como feiras populares, o poder da barganha, cinemas vazios e tudo mais pronto para ser representativo, e assim sendo a equipe trabalhou muito bem, além de junto da equipe de fotografia colocar um tom avermelhado incrível durante toda a exibição, que acaba agradando bastante nas cenas de ação, e também nos atos das festanças na discoteca.
Enfim, é uma trama que merecia um desenvolvimento melhor, que até conta uma história interessante, e que tem um estilo bem trabalhado, porém o resultado final é exageradamente forçado ao ponto de não ser algo que recomendaria para ninguém, então como já disse no começo é melhor dar o play em outro filme. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Enfim, é uma trama que merecia um desenvolvimento melhor, que até conta uma história interessante, e que tem um estilo bem trabalhado, porém o resultado final é exageradamente forçado ao ponto de não ser algo que recomendaria para ninguém, então como já disse no começo é melhor dar o play em outro filme. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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