O diretor Makik Vitthal brincou bastante com a ideia, e soube dosar suas cenas em cima de uma investigação aberta, o que é interessante numa proposta desse estilo, porém faltou ir além no desenvolvimento do bichão, pois é contada sua história em vida pelo padre, mas não o que rolou com ele, se sua mãe fez algum pedido, se é algum tipo de choque entre a vida e a morte que ele decidiu não subir nem descer, e isso acaba pesando, pois é legal ver um filme de terror bem violento, aonde não economizaram nas mortes realistas acontecendo na nossa frente, principalmente as finais aonde tudo parece acontecer mesmo, mas sem mostrar acaba sendo apenas um desabafo na moral violenta da polícia, e tudo o que fazem para ocultar erros, e assim sendo o segundo longa do diretor acabou ficando bacana apenas de conferir sem ser chocante mesmo.
Sobre as atuações, sabemos que Mary J. Blige é uma cantora de sucesso que faz vários filmes quando lhe sobra um tempinho entre as apresentações, mas se tem uma coisa que sabe fazer bem é caras e bocas bem marcadas, e aqui sua Renee consegue segurar a banca, fazer alguns trejeitos bem colocados e segurar o filme, mas mais por sua personagem apenas ir investigando e não precisar se expressar muito, afinal raramente veremos um policial muito expressivo, então funcionou no que a trama precisava e acaba agradando. Nat Wolff apareceu tão diferente aqui com seu Danny que em determinados momentos fiquei pensando que outros papeis ele já havia entregue dessa forma, e não tem, pois sempre fez pares românticos, personagens com certas atitudes, e aqui ele foi mais contido, meio com receios demais por ser o policial novato, mas teve um fechamento condizente com tudo, o que acaba agradando bastante, ou seja, poderiam ter explorado mais ele, mas foi bem no que fez. Anika None Rose passa o filme quase que inteiro fugindo com sua Taneesha, e talvez um desenvolvimento no miolo para entendermos um algo a mais dela seria preciosíssimo, mas ao menos não atrapalhou, e isso já é um grande feitio. Quanto aos demais o que faz valer apenas são as formas que acabam morrendo, que nenhum ato vai além, e isso é bem decepcionante se for parar para analisar friamente.
Visualmente o maior mérito do longa é a violência nas mortes, pois o filme sendo muito escuro, e tendo muitos atos dentro das viaturas, acabaram não gastando tanto com cenografias, ao ponto que a casa da jovem é algo bagunçado, cheio de coisas jogadas, que até lembram muito o ar de abandono, tendo claro vários esconderijos e câmeras, a fábrica é intensa e bem trabalhada pelos muitos moradores de rua, dando também um grande ar de abandono, mas cheia de câmeras espalhadas (que não dizem muito qual o uso pela jovem também), a casa da policial é usada algumas vezes, mas mais mostra ela na cama do que qualquer outro ato, e alguns sonhos foram bem dinâmicos, ou seja, a equipe de arte até foi bem usada, e representou bastante tudo o que precisava ser mostrado, mas o aplauso mesmo é para as mortes, que ali meus amigos, não economizaram em nada, sendo até nojento de ver, mas que em terrores vale a pena.
Enfim, é um longa que é bacana e interessante, mas que com muito pouco, talvez uma cena a mais ou duas resultaria em algo brilhante e incrível de ver, pois tudo seria muito bem explicado, teríamos uma desenvoltura forte, e acabaria sendo daqueles memoráveis que não entregam sustos gratuitos, que tem uma pegada tensa, e que chamaria muita atenção, mas ainda assim faz valer o tempo de tela, então fica a dica para quem gosta do estilo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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