Diria que o diretor Joseph Kosinski depois de muito tentar com longas de ação que apanharam da crítica conseguiu o feitio de uma trama que todos estão se apaixonando pelo resultado, e o motivo é bem simples e tem nome: o fator Tom Cruise, mas não a atuação do ator em si, mas sim seu jeito de desejar o mínimo de computação envolvida, e sim gravações reais, com aviões reais dando rasantes e fazendo manobras arriscadas, barcos em movimentos malucos no meio do oceano, motos em velocidade máxima, colocando as câmeras nas posições mais precisas possíveis para capturar as feições dos artistas nos atos imponentes para que nada fique artificial, e a história aqui pediu isso, com coesão, dimensão dos atos e tudo mais que fizesse cada ator expelir ao máximo seus trejeitos, mostrando desde o fator de transmissão de pai para filho pelo que rolou no passado, seus galanteios, desobediências e tudo mais que coubesse para empolgar e marcar cada momento da trama. Ou seja, é mais do que apenas um filme de direção ou atuação, é daqueles que cada componente funciona, que não pode ter erros pelos riscos de tudo, e que com muito planejamento conseguiram ser criativos, inteligentes e praticamente reinventar o gênero, afinal na época do primeiro tinha toda a iminência de uma guerra num formato, e agora tudo é diferente até mesmo na guerra, e o longa ainda assim funciona bem.
Sobre as atuações, é nato também o quanto Tom Cruise desejava essa continuação, seja para mostrar o quanto aprendeu a pilotar aviões, motos, barcos e tudo mais em altíssima velocidade, quanto para mostrar o crescimento e a explosão que seu Maverick deu em sua carreira, afinal "Ases Indomáveis" foi seu 7° filme da carreira e esse o 45°, todos tão imponentes quanto, e com estilo clássico que permeia cada sentimento passado aqui, olhares, gestuais e envolvimento, e o melhor, mostrando também que não envelheceu tanto em 36 anos, mantendo o corpo em linha, a cara envelhecida mas ainda precisa de trejeitos e claro a expressividade marcante que tanto conhecemos, ou seja, perfeito em cena. Outro que mostrou uma evolução não de 86 para cá, mas sim de seus últimos filmes é Miles Teller que foi incrivelmente caracterizado para que seu Rooster ficasse a cara de seu pai no longa de 86, Goose, que quem não lembrar do original morreu em uma das missões pelo teto do avião não abrir, e o jovem pintou os cabelos, deixou o bigode, e entregou muita personalidade nos trejeitos, na forma de passar a emoção e criando algo meio duro num primeiro momento, nos atos finais acaba se entregando por completo e ficando perfeito demais, ao ponto que o veremos decolar ainda na carreira. Jennifer Connelly soube dosar o ar romantizado com o protagonista, fazendo de sua Penny alguém bem precisa e direta, com uma desenvoltura de primeira linha e um ar sexy sem forçar a barra, o que acaba agradando bastante. Ainda tivemos ótimas cenas com Val Kilmer mesmo doente entregando os atos finais de seu Iceman com muita emoção, um Jon Hamm preciso e imponente com seu Cyclone, Bashir Salahuddin emocionante com seu Hondo, e até mesmo Charles Parnell deu boas nuances com seu Warlock, além dos demais jovens que deram boas nuances para a equipe com destaques para Glen Powell com seu Hangman, Monica Barbaro com sua Phoenix e Lewis Pullman com seu Bob, mostrando uma nova turma boa para quem sabe uma continuação jovem da trama, pois todos foram bem expressivos, e devem ter surtado bastante nos voos, mesmo que no banco de trás.
Visualmente o longa é um deslumbre completo, pois como já disse Tom exigiu que o longa fosse filmado com naves reais, motos reais, barcos reais e tudo mais que fosse possível para que o longa passasse a maior realidade possível para o público e para os atores também, então quando os treinamentos rolam, as batalhas e voos foram feitos, claro sem tiros reais para ninguém morrer em cena mesmo (aí é que entra o poder da computação para fazer explosões, detonações e tudo mais), mas praticamente voamos junto com todos os atores na sala, pois com o som das melhores salas de cinema tudo treme, vibra, o som explode os ouvidos e vivenciamos o momento junto com todos, além de ter um bar de praia incrível aonde rolam boas cenas com os personagens, remetendo também a bons momentos do original, e vários elementos explicativos das missões com tecnologia de ponta. Ou seja, a equipe de arte sofreu muito para conseguir as devidas licenças, mas conseguiu colocar as câmeras em lugares onde ninguém mais colocou, e o resultado é notável.
Musicalmente o longa contém claro a trilha clássica de Harold Faltermeyer e Steven Stevens, agora junto de Hans Zimmer para dar aquela explosão ainda maior nos envolvimentos, é iniciado com Kenny Loggins e sua clássica "Danger Zone", e finalizado agora com a canção feita para o filme por Lady Gaga e sua "Hold My Hand", e também o One Republic com "I Ain't Worried", além claro de vários envolvimentos apenas de trilha que deram o tom, ou seja, uma lista invejável que envolve demais.
Enfim, até dá para reclamar de alguns momentos, mas me arrepiei demais em diversos atos, me emocionei com algumas situações e a trama me envolveu de tamanha maneira que não tenho como dar outra nota, principalmente pelo realismo passado na maioria das cenas, então vá para os cinemas, se possível veja numa Imax ou na maior sala que estiver ao seu alcance, e curta, pois é o famoso filme nostalgia para os mais velhos, mas que vai envolver também os mais jovens que curtem bons longas com emoção, e sendo assim fica a dica para as prés dessa semana, e claro para a grandiosa estreia na próxima quinta. Eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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