Diria que diretor e roteirista Frédéric Tellier ("Através do Fogo") trabalhou bem todo o conteúdo de uma pesquisa quase que gigante para que seu filme fosse quase um documentário expressivo das brigas entre as grandes companhias de pesticidas e os advogados de pessoas que sofreram com o câncer ou algum dano causado por eles, ao ponto que vemos boas dinâmicas bem expressivas, bons traquejos, e muita organização ao redor de disputas, conversas de bastidores com políticos, grupos radicais tentando ir de formas mais amplas brigar, vemos tudo e mais um pouco do que conseguiram encaixar, porém é um filme que cansa um pouco pelo tamanho, que força mais do que expressa e assim sendo muitos podem nem se emocionar tanto pelo que nós é entregue pelo diretor, e sim ficarmos putos com tudo, já que a força é necessária, e assim o resultado funciona ao menos.
Sobre as atuações, Gilles Lellouche foi muito preciso com seu Patrick, sendo daqueles advogados que tem boas palavras, que brigam por tudo, e muitas vezes não atingem o que desejavam, e o ator que tem uma expressão um pouco triste conseguiu ser marcante em suas cenas ao ponto de nós convencer de seus ideais, e isso mostrou um bom preparo e conhecimento do que estava rolando para ficar convincente e assim foi um bom acerto. Pierre Niney é sem dúvida um dos melhores atores franceses da atualidade, e aqui o seu Mathias é daqueles lobistas que pegamos raiva, que tem frases e palavras para tudo, que está preparadíssimo para a briga e faz olhares cruéis e precisos com uma força tão única que impressiona demais, e assim sendo acredito que até ele após as gravações sentiu o peso do seu papel, pois ele foi incrível no que fez, mesmo sendo algo ruim de ver. Emmanuelle Bercot teve alguns atos marcantes, mas seu papel é mais amplo e emocional, não fazendo com que ela se destacasse tanto com sua France, valendo claro o ensejo visual de seu emagrecimento para a cena final, e assim ela foi uma representação bem marcante e funcional dentro das vozes que tentam ir além. Quanto os demais, e temos vários demais, apareceram, fizeram seus ensejos, trabalharam as dinâmicas com os protagonistas, mas não puderam ir muito além, então vale apenas falar que o diretor soube usar muito bem todos ao coadjuvantes e figurantes para somar e envolver o público com uma minúcia quase realista de falarmos que ele esteve gravando em todas as manifestações, todas as reuniões e afins, poia ficou documental total.
Quanto do visual, vemos muitas reuniões em salas enormes, em plenários, em grupos, mostrando a frente da empresa de pesticidas, vemos votações, julgamentos pequenos, julgamentos grandes, muitas reportagens, e até um envolvimento da família para mostrar a vida deles tentando sobreviver, mas como disse o longa é quase algo que o diretor foi filmar todas as situações para algo quase documental, e assim sendo valeu demais o trabalho da equipe de arte.
Enfim é um tremendo filmaço sobre o tema que vale a conferida, vale a briga e vale entender mais sobre a vida sem pesticidas, para que as futuras gerações quem sabe vivam melhor, sem câncer, sem tantos agrotóxicos, e assim sendo o filme é amplo de ideias e preciso de demonstrações, sendo forte e incrível que tenho de recomendar demais para todos. E é isso meus amigos, vou para mais uma sessão do Varilux, então abraços e até logo mais.
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