O diretor Ben Stassen fez a animação com o melhor 3D que já vi até hoje chamado "As Aventuras de Sammy", e desde então tem entregue grandes produções bem simples de história, mas com desenvolvimentos bem encaixados, personagens marcantes e muita interação para os pequeninos, ao ponto que praticamente todo ano entrega algo novo e que mesmo sendo bem maluco nas ideias não desaponta de modo geral, e aqui sua base foi bem elaborada, teve dinâmicas interessantíssimas com muita aventura, toda uma formatação pronta para agradar tanto os pequenos quanto os mais grandinhos, e assim resultando em um filme bacana de ver que embora possa parecer totalmente maluco tem características e clichês bem tradicionais de vários outros filmes que já vimos, e assim sendo entramos num clima de aventura bacana com ele, torcemos pelo protagonista, rimos dos coadjuvantes e até torcemos para que o vilão apanhe logo, pois é maluco e maldoso como deve ser. Ou seja, diria até que o filme faria sucesso nos cinemas com um 3D bem trabalhado, mas como esse estilo vem sumindo, o streaming foi a melhor opção para não ter prejuízo com um personagem bem diferente dos padrões visuais.
Quanto dos personagens, o jovem Frangoelho é bem astuto, cheio de desenvolturas e consegue cativar a todos com suas cenas, ao ponto que mesmo sendo um jovem com um ar de inferioridade por não pertencer a nenhum grupo acaba se empolgando bastante na missão e por conhecer muito tudo acaba indo muito bem no que faz, claro que não é um personagem bonitinho, já que é uma mistura estranha, mas como aqui as texturas não são o ponto forte, o resultado agrada bem. Diria que eu me enxergaria bem no papel da tartaruga Archie, que ajuda o protagonista em tudo, tem sacadas e ideias diretas independente de magoar os demais, mas que está disposto a ajudar também sempre, e seu ar de parceria deve fazer mais pessoas a se conectar com ele. A gambá Meg é cheia de expressividade, joga tudo para todos os lados, luta bem, está disposta a ir além e conseguir estar no grupo é sua própria missão, só achei meio exagerado o lance do gás, mas sabemos que ocorrem coisas desse tipo, só não precisaria ser tão forçado. O vilão Lapin tem um estilo interessante, com ares bem fortes de vilania e não desaponta nas maldades, sendo daqueles que acabamos ficando bravos com tudo o que faz contra o protagonista e assim sendo foi bem criado. Ainda tivemos vários personagens secundários que seguem o vilão, mas sem dúvida o destaque é para a tribo dos porquinhos que vão se encaixando e virando colunas e paredes, no melhor estilo do jogo tetris, e foram bem impactantes no conceito completo.
Visualmente o longa é bem recheado de detalhes, e mesmo não tendo texturas como algo chamativo, tem toda a paisagem da selva com os porcos, do deserto com escorpiões em forma de flor, as areias movediças, toda a ilha bem montada com uma arena de provas incrivelmente bem pensada nos desafios de uma aventura (que no final os hamsterzinhos malucos ainda dão uma incrementada nos perigos), e toda a montanha recheada de desafios, ou seja, tudo muito bem pensado, com enigmas interessantes, e muita desenvoltura de cores e formatos para chamar a atenção, mostrando que o design do projeto foi muito bem pensado pela equipe, e que aparentemente daria para funcionar com 3D, pois temos elementos de profundidade e muita coisa sendo atirada nos protagonistas, ou seja, quem gosta do estilo pode ser que compre lá fora mídia com a tecnologia.
Enfim, é uma animação que talvez muitos até pulem quando virem ela na Netflix, mas que tem uma boa essência, é divertida e vai agradar a todos, desde os menorzinhos até os mais velhos, não vindo com grandes conteúdos morais, mas deixando claro a lição de valorizar o que você tem de bom, então fica a dica para a conferida, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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