Minions 2 - A Origem de Gru em Imax 3D (Minions - The Rise Of Gru)

É difícil conhecer alguém que não goste das bobeiras que os bichinhos amarelos mais amados do mundo aprontam na telona, pois mesmo sendo algo tão besta, acabam sendo carismáticos, cheios de boas desenvolturas, e acabam parodiando outros filmes, músicas e estilos, fazendo olhares e barulhos tão bem encaixados que acabamos nos divertindo demais com tudo o que sempre entregam nos agora cinco filmes da franquia toda. Dito isso, "Minions 2 - A Origem de Gru" nos entrega do começo ao fim os ajudantes mais atrapalhados de vilões fazendo de tudo para recuperar uma pedra mágica, aprender kung-fu e salvar o seu mini-chefe que foi apenas apresentado no longa de origem lá em 2015, e que já vimos bastante nas outras três obras "Meu Malvado Favorito", fazendo de tudo o que for mais improvável, falando do jeito engraçado que entendemos só nas ações, e que funciona demais, desde o estilo dos personagens até mesmo os demais vilões colocados em cena para brigar pela pedra, ou seja, é absurdo, é bobo, mas acaba sendo tão gostoso e divertido que acaba valendo a conferido, aonde rimos bastante e ficamos torcendo por tudo o que vai rolando, ou seja, pegue a melhor poltrona e boa sessão, pois vai valer cada minuto por mais infantil que possa parecer, mas que diverte desde os pequeninos até os mais velhos.

A sinopse nos conta que na década de 1970, Gru está crescendo no subúrbio. Fã de um grupo de supervilões conhecido como Sexteto Sinistro, Gru traça um plano para se tornar malvado o suficiente para se juntar a eles. Felizmente, ele recebe apoio de seus leais seguidores, os Minions. Juntos, eles exercem suas habilidades enquanto constroem seu primeiro covil, experimentam suas primeiras armas e realizam as primeiras missões. Quando o Sexteto Sinistro expulsa seu líder - o lendário lutador Willy Kobra - Gru participa de uma entrevista para se tornar seu mais novo membro. A entrevista não vai bem, e só piora depois que Gru os supera e de repente, o garoto se vê como inimigo mortal do grupo do mal. Gru se voltará para uma fonte improvável de orientação, o próprio Willy Kobra, e descobrirá que até os supervilões precisam de uma ajudinha de seus amigos.

Diria que o diretor Kyle Balda é daqueles que faz o que ama, pegando seus personagens favoritos de uma franquia que explodiu e vai se aprofundar ao máximo nela, tanto que ele fez um especial dos amarelinhos em 2010, ai veio com "Minions" em 2015, lhe deram "Meu Malvado Favorito 3" em 2017, e agora ele pode brincar ainda mais com seus personagens, trabalhando eles com um carisma único e além de Kevin, Stuart e Bob que já se destacavam bastante nos outros longas, agora ele deu as vezes para Otto, um minion mais gordinho e que usa aparelho nos dentes, ou seja, para aproximar os personagens ainda mais da garotada que usa os famosos arames para corrigir a dentição, e cada um da sua forma tem muitas peculiaridades, tem desenvolturas próprias, e assim como cada um dos vilões com poderes diferentes, acabamos torcendo e vibrando com todos. Ou seja, muitos vão falar que o longa tem uma história infantil fraca, mas discordo muito disso, pois tudo tem um bom encaixe, todos os momentos se conversam e funcionam demais, dando as nuances tanto de uma continuação da apresentação feita em 2015, como criando alegorias que foram usadas nos filmes do "Meu Malvado Favorito", e assim vemos como o vilão conheceu Dr. Nefário, que lhe dá sua primeira arma aqui no longa, e finaliza muito bem dando a ideia de que o próximo passo é a Lua, que vimos no primeiro filme.

Sobre os personagens, acho que não tem um que não seja interessante de ver, desde todos os amarelinhos fazendo seus barulhos no porão de Gru, até os que tem mais história como é o caso de Kevin, Stuart, Bob e Otto, passando depois claro por Gru garotinho todo entusiasmado com seu supervilão favorito Willy Kobra (aliás os nomes nacionais foram muito bem escolhidos e dublados com trejeitos muito gostosos de ouvir), tendo Donna Disco marcando a época, Jean Garra atacando tudo, Svengança, Punho de Aço, Irmã Chaco todos sendo bem marcantes com suas armas e forças, tivemos ainda Sillas o motoqueiro dando um show de simpatia, e claro Mestra Chow ensinando os pequeninos a lutar demais, com uma sacada melhor que a outra. Ou seja, são personagens com texturas e formas bem interessantes, com personalidades bem colocadas, e que vai conquistar todo mundo.

Visualmente o longa é um colorido só, tendo boas sacadas em todos os atos, desde girar o disco ao contrário, um QG de vilões bem propício, uma busca de objeto sagrado no meio da selva, vários atos de lutas, invisibilidade usando elementos do cenário, e claro muitos personagens bem encaixados. Além disso, costumo aplaudir demais as animações que traduzem também os escritos cênicos, e aqui temos em vários lugares coisas escritas em português, o francês que dubla os minions em todas as línguas também falou algumas palavras brasileiras, e tudo ficou muito bom mesmo de ver na telona. Quanto do 3D, diria que vale sim o ingresso, começando freneticamente com quase tudo tendo os efeitos, depois no miolo dá uma boa reduzida, para no final quase não ter mais nenhuma cena com a tecnologia, mas no contexto geral são tantos bons elementos usados para fazer gracejos que funciona o uso.

Além de ser bacana visualmente, com uma história gostosa, boas dublagens, é claro que como toda boa animação precisa ter uma trilha sonora de primeira linha, então fica aqui o link para as várias canções do filme que deram um ritmo bem dosado, uma boa volta nos anos 70 e muitas dinâmicas sonoras gostosas de ouvir.

Enfim, pode não ser perfeito, mas é uma animação tão gostosa e divertida que empolga bastante e faz valer o tempo dentro da sala, diria que dava para ter passado mais algumas épocas ali para vermos a juventude de Gru também, mas isso deve vir numa breve continuação. Então a dica que dou é pegar a criançada, ou ir sozinho mesmo para o cinema e curtir bastante, pois vale a pena. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.

PS: não dei nota máxima para ele por sentir um pouco que no final alongaram um pouco demais alguns atos, mas não é nada que atrapalhe a diversão, então fica com 9 mesmo.