Se no filme anterior do diretor Julius Avery, "Operação Overlord", eu falei que era um filme de produtor pelo tamanho da produção, aqui ele já me convenceu que esse é seu estilo, de coisas voando, muito fogo com explosões, lutas para todos os lados, dinâmicas sequenciais bem trabalhadas, e claro muitos dublês para o tanto de cenas de ação que coloca, e com um bom texto de Bragi F. Schut, que gosta de tramas bem amarradas, sem pontas soltas e que geram grandes envolvimentos, o resultado foi um personagem que nem sei se existem quadrinhos, mas que funcionou demais com toda a base, com a história inicial bem contada de forma rápida, e toda a dinâmica criada. Ou seja, vemos um filme com tanta expressividade de texto e de dinâmicas de ação, que praticamente nem ligamos para os absurdos que foram colocados (tá, vou reclamar de algo da cena final com todo aquele incêndio monstruoso, o garotinho e o protagonista respirando e vivendo como se nada tivesse acontecendo, sendo que meio foguinho em um apartamento as pessoas já morrem e saem tossindo que nem malucas!), e assim sendo o filme é um passatempo para o público mais robusto digamos assim, que gosta de força bruta, e que não tinha nem como escolher outro protagonista, senão Stallone.
E falar das atuações não tem como sem dar o máximo para Sylvester Stallone, que com seus 76 anos bem distribuídos em músculos e olhares raivosos, conseguiu chamar novamente toda a responsabilidade de um filme para si, fazendo com que seu Joe fosse imponente, com virtudes e defeitos bem trabalhados, com uma força descomunal, e claro fazendo seus trejeitos clássicos bem colocados, que chamam toda a atenção para si, e agrada sem forçar a barra com algo do estilo, ao ponto que aqui dá para acreditar na força, já que é um super-herói, diferente das pancadarias que fazia nos seus outros filmes, ou seja, foi muito bem em tudo, e quem sabe volte para uma continuação, mesmo dando o fechamento que desejava na tela. Após muitas séries, o jovem garoto Javon "Wanna" Walton, que luta boxe desde os 4 anos de idade (então não se surpreenda com seus movimentos!) entrou muito bem na desenvoltura de seu Sam, de forma que chega a ser até irritante a insistência do personagem para com o herói, mas faz atos bem marcantes e consegue entregar boas dinâmicas com os demais atores, criando atos fortes e pedindo um treinamento para a lenda do boxe, ou seja, quem sabe numa continuação o garoto não vire um super-herói? E por fim tenho de falar do sempre imponente Pilou Asbæk, que já tinha agradado bastante o diretor no "Operação Overlord", e aqui seu Cyrus fez o clássico vilão, fazendo maldades, explodindo tudo, partindo pra briga, sequestrando pessoas, e dominando o ambiente com muita força no olhar, agradando demais, e encaixando bons atos do estilo, ou seja, fez o que precisava fazer, e acertou. Quanto aos demais, foram pouco usados, tendo leves destaques para a mãe do garotinho interpretada por Dascha Polanco, para a namorada do vilão que Sophia Tatum fez bons trejeitos, e Jared Odrick e Moises Arias que fizeram alguns dos capangas marcantes do vilão com seus Farshad e Reza, mas tudo bem dando as pontas para que o trio protagonista se destacasse e eles ficassem bem em segundo plano.
Visualmente o longa tem uma boa imposição cênica, colocando Granite City meio como uma Gotham City, aonde a população está em sua maioria desempregada com a crise, vivendo nas ruas, e pronta para o caos, vemos os apartamentos bem simples dos protagonistas numa comunidade quase que abandonada, e vemos o covil do vilão no meio de um ferro-velho, com elementos bem marcantes e que chamam a atenção, tendo claro todo o final com muito fogo sendo bem chamativo, e também o começo da mesma forma, só que com os personagens usando roupas de heróis para contar a história do passado, ou seja, não ousaram tanto em muitas locações, mas conseguiram chamar atenção pelos atos sendo bem executados, e que deram o tom mais escuro e inteligente para que não houvessem falhas nesse quesito.
Enfim, é um filme bem feito do estilo, que certamente vai chamar muita atenção, a galera que é contra as "lacrações" vai ficar bem feliz com o ar parrudo e cheio de testosterona tradicional do herói, e claro a reviravolta de personagem no final foi algo bem interessante dentro do roteiro, que deu toda a linha para agradar a todos e ir por um novo rumo. Então recomendo para quem gosta de filmes de heróis, quem gosta de filme de brucutus, e quem gosta de ação, sendo algo que não é perfeito, mas que funciona bastante, e certamente dá para termos outros do estilo, afinal o diretor já mostrou a que veio em dois filmes, agora é só garantir o dinheiro e sair fazendo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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