Em sua primeira direção de longas, o ator Alan Ritchson até que foi bem criativo, trabalhou o seu roteiro de uma forma coerente, e brincou bastante com tudo, inclusive com ele mesmo como um agente meio maluco, e essa boa interação fez o filme ter um ar bem cômico, juntando sacadas sem nexo com ares sérios e momentos mais densos. Ou seja, pode até ser que o filme nas mãos de um diretor mais experiente fluísse para outros rumos menos bagunçados, mas não seria tão engraçado as diversas situações colocadas, as dinâmicas bem fluídas, e claro o estilo que foi escolhido para a trama, pois mesmo sendo algo que muitos desconhecem, todos sabem que a dark web tem suas coisas estranhas, suas artimanhas, e aqui deram um pouco mais para todo o ambiente, com uma caça ao tesouro bem feita que acabou meio que fechada demais no protagonista, não mostrando mais tantos outros candidatos ao "prêmio", mas que funcionou de certa forma, agora é ver se ele vai querer ir além como roteirista e diretor ou se vai voltar a ficar somente nas atuações, afinal mostrou que tem um potencial, principalmente na criatividade de um roteiro bem trabalhado.
E já que falamos do diretor Alan Ritchson como ator, mesmo não sendo o protagonista, seu agente Carver acabou aparecendo demais com gracejos e situações inusitadas, ao ponto que funcionou para dar um lado bem cômico para a produção junto com seu parceiro Andreas Apergis como agente Sullivan, mas que certamente poderiam ter forçado um pouco menos no roteiro para que os personagens não fossem usados apenas para isso. Agora falando do protagonista, Jack Kesy foi bem direto na interpretação de seu Connor, usando bons artifícios expressivos para parecer alguém com uma inteligência grandiosa, mas que por trás é apenas alguém com boas sacadas e desenvolturas, e que serviu bem tanto pelas atitudes cênicas como um "narrador" da trama toda, ao ponto que foi bem colocado no papel, e acabou agradando com o resultado final de seu personagem. Conor Leslie trabalhou bem a misteriosa Gwen, e teve uma desenvoltura bem imponente em praticamente todos os seus atos, de forma que acabou chamando bastante atenção e talvez pudesse ter sido até mais usada na trama. Já Ron Funches foi extremamente exagerado com seu Avi, tendo alguns momentos bem funcionais para a trama, mas outros jogados demais, e assim quase que o filme se perde em alguns atos que usou ele, mas assim como o diretor, diverte com seus exageros, e assim sendo valeu o personagem pelo menos. Ainda tivemos outros bons personagens, algumas aparições bem colocadas, mas vale destacar só Kris Holden-Ried pelo que fez com seu Philip Dubois, mas foi mais ator do que vilão, então apenas fez bem seus atos finais.
Visualmente o longa foi bem determinado nas cenas finais da festa, com uma proposta tecnológica bem marcante, hologramas, símbolos, orgias e tudo mais, teve um miolo interessante com o protagonista desesperado por computadores para usar, indo a diversos lugares, bibliotecas, pontes, ruas desertas, símbolos com códigos em luzes e tudo mais, mas pecou um pouco na casa dele simples demais, e também no julgamento numa sala que nem parecia um tribunal, ou seja, ficou parecendo que gastaram mais com algumas cenas e acabou o dinheiro na hora de finalizar o longa, e isso é um risco que felizmente não pesou tanto no resultado do longa.
Enfim, é um bom filme, que diverte bastante, e que tem um estilo próprio de ser representativo nas caçadas por tesouros. Claro que poderia ser muito melhor se tivessem definido se iria totalmente para a comédia ou para o suspense, que aí teria outros rumos, e talvez com um diretor mais experiente o resultado seria mais imponente, mas o resultado funcionou e deve servir como um bom passatempo para todos que forem conferir ele, então deixo a dica de recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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