Diria que o diretor William Brent Bell soube usar bem a personagem criada por David Leslie Johnson e Alex Mace, trabalhando bem as devidas nuances de tudo, e principalmente mostrando como ela ficou "órfã", mas acredito que poderia ter ido ainda mais para trás, mostrando a garota antes de chegar na clínica psiquiátrica, pois ali ela já tem seus devidos traços, já é sanguinária e tudo mais, então não vemos bem uma origem completa da personagem em si, ou talvez vão aparecer com a origem da origem daqui uns anos, e lá vamos nós outra vez ver o 1 e o 2 para se preparar para o 3. Ou seja, não é o seu filme mais brilhante, mas ele soube conduzir bem o processo de uma família desestabilizada, a loucura de uma mãe (a qual nos é entregue muito rápido o gancho), e claro como a assassina é meticulosa em seus processos, agradando bastante todo o resultado da montagem em si.
Sobre as atuações, Isabelle Fuhrman já tinha mostrado durante sua adolescência que tinha muito estilo para personagens desse estilo, e aqui voltando ao papel que lhe deu o estrelato conseguiu fazer sua Leena/Esther bem encaixada, cheia de grandes nuances intensas, mas faltou dosar um pouco mais o ar infantil que ela tinha 13 anos atrás, o que seria difícil de encaixar, acertando bem em todas as conexões e sendo criativa e bem expressiva dentro da medida do possível. Agora quem foi muito bem em cena foi Julia Stiles tanto pela maquiagem que lhe deixou bem parecida com a garota para parecer realmente sua mãe, mas indo além disso, sua Trícia foi bem impactante, tendo uma grandiosa reviravolta, e principalmente não deixando barato para a garota psicopata, mostrando que experiência é tudo nesse meio. Já os homens do longa pareceram bem bobinhos demais em suas atitudes, ao ponto que Rossif Sutherland trouxe um ar de pai babão demais para seu Allen, meio que sem atitudes expressivas, e Matthew Finlan acabou entregando um jovem que precisa ser o centro das atenções para aparecer em cena, e isso não era a opção do filme, mas ambos ao menos tiveram um pouco de cenas, já Hiro Kanagawa serviu apenas para dar um oi e tchau com seu detetive Donnan e nada além disso.
Visualmente a trama foi bem trabalhada tanto para mostrar uma clínica psiquiátrica na Estônia, cheia de personagens que valeriam muito trabalhar melhor a trama ali, ambientes feios e marcantes, e principalmente muito simbolismo para mostrar o estilo artístico da protagonista, aí vamos para os EUA e temos uma casa bem imponente, cheia de ambientes precisos, mas acabaram usando apenas o estúdio e uma salinha de jantar simples, além do quarto de garotinha da protagonista com vários apetrechos e elementos cênicos para serem usados, e também uma rápida passada numa clínica da psicóloga da protagonista, mas nada de muito imponente ali.
Enfim, é um bom filme, que poderia ter ido muito além para criar mais tensões e impactos de susto talvez no público, mas que funciona dentro do que se propõe de ser a origem de um dos filmes de terror que o público mais curtiu e fala até hoje, e ao menos não desapontou com a entrega completa da personagem, que certamente poderia ter sido algo bem ruim. Ou seja, daria para ter trabalhado bem mais o antes para chegarmos na clínica, e dali ser algo rápido na casa dos pais, que manteria umas 2 horas de projeção e o filme ficaria muito melhor, mas dá para curtir um cineminha com um filme bom pelo menos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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