Diria que o diretor e roteirista J.P. Watts teve uma brilhante estreia na posição principal, pois não quis enfeitar demais toda a essência da produção, soube conectar os diversos momentos de uma maneira bem trabalhada, e principalmente foi direto aonde o filme desejava mostrar, que era mostrar como o coronel conseguiu convencer o dono da empresa de liberar seus funcionários, como ele conversou com os escavadores, logo de cara já mostrou a campanha que não se alistava recebia, e na sequência já pôs eles para cavarem, e tudo mais, ou seja, vemos tudo acontecer sem enrolações, sem exageros, e claro ainda mostrando os diversos percalços e medos dos soldados na guerra. Ou seja, um trabalho minucioso muito bem feito, mostrando atitude por parte de um diretor jovem, e que sem errar muito (tem algumas falhas visuais bem marcantes, como as facas das espingardas na cena final, entre outras menos chamativas) entregou algo muito intrigante de ver e conhecer, afinal eu mesmo não sabia que tinham feito desses túneis nas guerras, e foram sacadas muito boas para mandar para os ares os inimigos.
Sobre as atuações, o destaque total fica para Sam Hazeldine com seu William "Bill" Hawkin como um líder realmente dos escavadores, fazendo trejeitos imponentes, e por vezes desesperados, mas passando uma verdade nos atos ali entregues, o que acaba sendo bem marcante e gostoso de ver ele fazer, acertando bem no que precisava para chamar atenção. Além dele, o coronel Hellfire Jack foi muito bem feito por Tom Goodman-Hill, mostrando todo o seu ar superior, mas sendo coeso com as escolhas e direções que colocou para trabalhar o personagem, não sendo nem daqueles soldados arrogantes, nem ficando abaixo de sua posição, agradando bem e chamando para si diversos atos. Ainda tivemos bons momentos com os carismáticos Sam Clemmett com seu Charlie, que teve um ato desesperador e bem marcante além das diversas idas à latrina sofrendo para fazer suas reflexões, e Elliot James Langridge bem trabalhado com seu George, que precisou se impor nos atos finais e agradou bem. E claro não poderia esquecer dos atos fortes e bem diretos de Kris Hitchen com seu Harold e Joseph Steiyne com seu Shorty, ambos contidos em alguns atos, mas bem explosivos em outros, soando marcantes junto da equipe completa.
Visualmente o longa teve boas trincheiras bem representativas com muitos soldados, muitas armas, linhas inimigas com muitos tiros e bombas, os famosos arames farpados separando o caminho, algumas fazendas, e claro todo o ambiente dos túneis, com velas, pás, os troncos para escorar as paredes, e gases saindo e explodindo, ou seja, tudo muito bem representativo da guerra, com os devidos uniformes e simbolismos empregados, além de mostrar também um pouco das casas simples dos protagonistas com suas famílias e objetos simbólicos determinantes. Ou seja, a equipe de arte soube dosar para o orçamento não ser gigantesco, e acertou em cheio na forma representativa simples e direta.
Enfim, é um filme que dei play sem esperar muito e acabei bem comovido e envolvido com todo o resultado todo apresentado, sendo daqueles que vou recomendar com muita certeza tanto para quem gosta de bons filmes de guerra, como um bom exemplar de primeiro filme feito no capricho, e assim sendo deem o play e se divirtam, pois o resultado funciona. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas como sempre volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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