O mais bacana é que baseado em uma história real, o protagonista Pablo Cruz escreveu seu primeiro roteiro e deu para que seu amigo Batan Silva estreasse na cadeira de direção de uma ficção após várias séries, e como falei no começo, a base desse estilo de filme é muito simples, e para acertar a mão é só não inventar moda, então ele soube dimensionar bem todos os devidos atos, dar um carisma estranho para o protagonista, dosar que os coadjuvantes se encaixassem bem, e pronto, temos um filme que tem até muitos clichês, mas que faz funcionar, e que comove da mesma forma, sendo o básico bem feitinho, que como toda pessoa gosta de comer um prato simples gostoso, também gosta de ver um filme simples bem feito, e assim sendo faz valer o play.
Sobre as atuações, Pablo Cruz soube dinamizar bem o texto que escreveu, ao ponto que seu Miguel tem um estilão revoltado, tem seu ar despretensioso, tem seus medos, e principalmente se encontra com a missão que escolheu cumprir, ao ponto que até mesmo seu ato mais trabalhado, e claro cômico, foi bem orquestrado, e assim vemos uma desenvoltura completa bem feita que agrada e não cansa ao menos. O garotinho vivido por Santiago Béltran tem um gênio meio que forte, entregando atos duros e bem conectados, passando emoção e sabendo se encontrar na tela com os demais atores, de forma que nem parece ser sua estreia, mas sim alguém que já fez muitos filmes, e sem dúvida seus melhores atos foram com Pablo, e claro no momento psicologia junto de Maya Zapata. E falando em Maya Zapata, a atriz teve alguns atos simples com sua Leo, mas foi bem coerente nos que precisou falar um pouco mais, e assim o resultado dela foi quase melhor que o do protagonista, fazendo valer bem seus trejeitos. Ainda tivemos Rodrigo Murray fazendo o produtor da rádio com uma imposição bem colocada, e Héctor Jiménez bem dimensionado com seu Pato, mas sem dúvida o destaque dos secundários foi para a mãe do garotinho vivida por Paloma Arredondo que soube segurar bem o choro nos atos mais difíceis.
Visualmente a trama oscilou bem entre um sonho de afogamento bem forte que é explicado depois, as cenas na rádio mostrando algo bem pequeno sem grandes chamarizes, as corridas pela rua, uma academia de crossfit, e claro os diversos atos no hospital, todos sem muitos detalhes, mas bem feitos para envolver toda a produção, o que é válido e resultou em algo funcional bem colocado na tela.
Enfim, é um filme que se formos aprofundar veremos muitos errinhos técnicos, veremos uma simplicidade exagerada, e até mesmo alguns atos forçados demais, mas que agrada bastante e faz valer a proposta, então se você gosta do estilo e não tem problemas com gatilhos em filmes que envolvem câncer terminal, é só dar o play que com certeza vai ser um bom passatempo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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