Diria que a diretora Olivia Wilde trabalhou bem a trama que chegou em suas mãos, pois é um filme que entrega uma desenvoltura que é até simples, um ar bucólico da vida de condomínio nos anos 50, todo o gracejo de mulheres que vivem apaixonadas, fazendo os afazeres domésticos com os maridos indo trabalhar e ao voltarem terem todo o carinho e afins, mas de cara vemos que tudo é muito arrumadinho e com ares secundários, tanto que nos vem na mente diversas possibilidades, inclusive a escolhida para a produção, pois no mundo atual e com o tanto de filmes que vejo já dava para imaginar tudo, mas a nuance de escolha foi muito psicótica e intrigante, pois num primeiro momento falei "Epa!! Bugou tudo!", mas em seguida fez todo sentido a proposta, e o melhor é que o filme tem uma continuidade, para definitivamente entendermos a essência implantada e dar muito resultado com o fechamento. Ou seja, pode não ser a melhor direção do mundo, afinal a diretora exagerou demais em tudo, mas a escolha de dar continuidade, e não revelar somente no ato final foi genial e muito bem feita para que o filme ficasse na memória.
Sobre as atuações temos um longa a parte, pois Florence Pugh se dedicou bastante para sua Alice, entregou trejeitos de todos os tipos para cada momento, e surpreendeu muito nas dinâmicas com todos ao seu redor, fazendo com que a personagem tivesse uma conexão até mais ampla do que apenas parecia no trailer, e que claro como protagonista chamou toda a responsabilidade para si, agradando demais. Harry Styles precisa se decidir se vai entrar de cabeça nas atuações ou nas músicas, pois aqui seu personagem ficou muito a cara de um Elvis sem começar a cantar, mas seu Jack teve estilo, teve pegada forte para as cenas de sexo, e também trabalhou bem os trejeitos, ou seja, acabou fazendo bem o que precisava em cena, mas é estranho vermos o cantor em cena, mas serve de marketing, então continuará. Cris Pine foi bem imponente nas cenas de seu Frank, misterioso como ele sabe fazer bem, com traquejos bem durões e muita personalidade, mas poderia ter sido mais cínico em algumas cenas, pois faltou esse estilo. Ainda tivemos bons momentos da diretor Olivia Wilde como atriz com sua Bunny, atos marcantes com Gemma Chan com sua Shelley, e até algumas personificações fortes com Timothy Simmons como Dr. Collins, mas sem dúvida quem conseguiu toda atenção foi Kiki Layne por suas cenas tensas como Margareth, e claro por ser a mais diferente no meio de todos os rostinhos padrões na trama.
Visualmente a trama foi muito bem elaborada, com um condomínio riquíssimo de detalhes, todas as casas em moldes únicos bem chamativos, uma maquete do projeto bem marcante, vários elementos cênicos como comidas e vidros falsos, festas gigantescas, muitos carros da época, e claro um deserto imenso com todos os carros saindo em perfeita sincronia, algo até bonito de ver, aliás o filme todo tem um visual que você se encanta com cada detalhe proposto, num resultado ainda mais insano quando mostra a cena de virada, pois ali a equipe de arte deu show também, mas não vou falar muito para não estragar nada.
Enfim, é um filme bem inteligente e interessante de ver, com uma proposta muito bem definida e marcante, que alguns podem não curtir, mas que funciona bem e agrada mesmo sendo longo e com alguns atos talvez desnecessários. Diria que é diferenciado na medida, sem ser ousado como aparentava, mas que vale a conferida, e talvez alguns até vão levantar algumas ideias maiores em cima de tudo, então fica a dica para os debates. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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