Diria que o diretor Stefano Mordini gosta desse estilo de filmes que envolvam crimes, e que ele possa dar um algo a mais para os personagens culpados desenvolvendo tudo ao seu redor, e aqui trabalhando o livro de Edoardo Albinati que estudou junto com os garotos culpados pelo massacre tenta mostrar que vivenciaram muitas coisas numa escola reclusa, viram situações e desenvolturas de várias partes, e simbolicamente tentou mostrar de onde veio tanta explosão e anseio pelo sexo e pela tortura em geral, sendo que poderia ser mais diferenciado de uma forma bem melhor. Claro que o diretor não diz que eles não são culpados, mas também abre possibilidades para culpar o sistema da época, os diversos problemas da cidade, e claro mostrar que por trás de uma comunidade rica e aparentemente sem problemas, tudo pode e tenta ser escondido para não atacar os grandes nomes. Ou seja, é um filme sincero e forte, que facilmente poderia ter ido muito mais além se o diretor quisesse explodir o crime, e não o ambiente "certinho" da época.
Sobre as atuações diria que todos os jovens trabalharam bem seus trejeitos, demonstraram o nível dos hormônios no máximo, todas suas emoções sendo bem passadas nos olhares, mas claro que o destaque ficou para Emanuele Maria di Stefano fazendo seu Edoardo, que observava cada um com suas sínteses, trabalhou cada emoção de uma forma e foi digamos um pouco tímido demais para com tudo o que estava acontecendo, tivemos também muita explosão e um ar de psicopatia marcante em cima de Luca Vergoni com seu Angelo, e Francesco Cavalo também entregou bem as dinâmicas de seu Gianni, chamando pouca atenção, mas implodindo bem nos atos, além claro das cenas finais com o ex-presidiário Andrea que foi vivido por Giulio Pranno de uma forma bem coerente com o crime. Ainda tivemos as garotas que foram abusadas de todas as maneiras possíveis, destacando Benedetta Porcaroli com sua Donatella e Federica Torchetti com sua Rosaria, ambas bem expressivas e com muita disposição para as cenas mais fortes, entre outros momentos e personagens marcantes, mas que não valem tanta discussão, afinal o filme já fez todo esse cerco e abriu até demais as possibilidades.
Visualmente o longa retrata bem o ano de 1975, os encontros de carros, os jovens nas escolas mais fechadas separadas de meninos e meninas, as ânsias nos encontros, o turbilhão de pensamentos, grandiosas casas de encostas, e claro todo o âmbito da tortura, do mal impregnado seja nas retratações artísticas ou até mesmo nos atos e cultos, ou seja, a equipe de arte fez tudo muito bem colocado para algo a mais do que apenas o filme precisava, e isso foi bem válido para retratar e deixar o espectador dentro de tudo o que acontece.
Enfim, é um filme até que tenso pela mensagem e pelas atitudes da trama, mas que poderia ser muito forte e direto se trabalhasse mais o ato em si, e tudo o que aconteceu depois do que apenas tentar chegar nos motivos que levaram os jovens a cometer os atos, mas ainda assim vai chocar muitos, e fazer alguns refletirem também o momento, então acaba valendo o play. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
Enfim, é um filme até que tenso pela mensagem e pelas atitudes da trama, mas que poderia ser muito forte e direto se trabalhasse mais o ato em si, e tudo o que aconteceu depois do que apenas tentar chegar nos motivos que levaram os jovens a cometer os atos, mas ainda assim vai chocar muitos, e fazer alguns refletirem também o momento, então acaba valendo o play. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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