Diria que o diretor e roteirista Babak Anvari até foi bem ousado dentro das perspectivas que imaginou, pois usou da base que os ricos e poderosos tem excentricidades que nem devemos pensar no que podem fazer, e soube trabalhar bem toda a ideia da mente do protagonista e seus "motivos" para fazer o que faz, porém como disse no primeiro parágrafo dava para ter sido incrivelmente brilhante não revelar o que o protagonista fazia, muito menos o que tinha no cômodo, deixando apenas para a cena com a mulher, pois ali o impacto seria bem revelador e marcante, mas é apenas uma opinião, já que o filme funciona da forma que foi trabalhado, e isso é o que importa, pois nos revolta com todas as conexões, e principalmente com a fraqueza de alguns, o que mostra que o medo também é um ponto a se pensar nas atitudes, e assim o resultado acaba sendo bem trabalhado.
Sobre as atuações, basicamente tenho de elogiar o estilo de Hugh Bonneville com seu Hector, pois entregou olhares e trejeitos bem diretos e com segundas intenções, sendo daqueles que sabem exatamente aonde olhar para criar perspectivas, e o ator fez com que seu personagem tivesse uma ânsia bem trabalhada, fosse marcante e acertasse em tudo, ou seja, deu show. Outra que conseguiu chamar muita atenção foi Kelly Macdonald com sua Lizzie, trabalhando bem expressões variadas, inicialmente como uma mãe que cobra mais do filho, com brigas fortes, mas depois com olhares arrependidos, desesperada, e tudo mais, fazendo atos bem trabalhados, e até um pouco exagerados, mas que funcionaram bem. Quanto aos demais, George MacKay até trabalhou bem seu Toby, mas sai de cena rápido demais, de modo que todo o destaque acaba recaindo para Percelle Ascott com seu Jay bem trabalhado, cheio de expressões, e claro muito medo da polícia por ser negro, e claro já ter algumas passagens em sua ficha, mas foi bem nos últimos atos e chamou atenção com a forma expressiva que entregou.
Visualmente o longa foca praticamente todo na mansão do protagonista, tendo a base quase que toda na sala, aonde tem o quadro do pai, e no porão aonde temos a misteriosa saleta bem marcante, com todos elementos bem práticos e funcionais, mas dando claro o destaque para a fornalha, que depois descobrimos seu uso, ou seja, vemos alguns atos de correria fora dali, vemos um pouco do apartamento de Lizzie com a bagunça do quarto do filho, vemos o apartamento de Jay bem simples, mas tudo ocorre mesmo é na casa.
Enfim, é um filme bem interessante, com uma proposta e uma temática forte, mas que faltou aquele pontinho a mais para explodir com perfeição, que criaria um suspense muito maior, e o resultado seria impactante, mas como não podemos mudar o que já está feito, vale como um bom filme do gênero, e assim fica a recomendação de não esperar muito dele. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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