O diretor e roteirista Peter Farrelly já fez muitos bons filmes cômicos, mas estourou mesmo com suas premiações mundo afora com "Green Book: O Guia", e aqui se baseando no livro de John Donohue, ele brincou bem com a ideia de um maluco andando normalmente no meio da guerra, se passando por vezes como repórter, outras vezes dizendo que era apenas um cara comum, mas que achavam se tratar de um agente da CIA, pois esses usavam esse "disfarce" por lá, e que trabalhando uma produção até que bem grandiosa com explosões, muitos figurinos e figurantes, todo o aparato de guerra com armas, soldados, tiros, e tudo mais, acabando que a ideia soou até pequena no meio de tudo, mas como foi bem executada deve chamar atenção, já que tem boas sacadas, boas atuações, e um desenvolvimento interessante tanto como filme biográfico como algo inusitado de ser mostrado, e assim sendo o resultada acaba agradando bastante e não cansa mesmo sendo um pouco longo.
Sobre as atuações, é claro que o foco todo da trama se deve ao que Zac Efron fez com seu Chickie, pois praticamente todo o longa é em cima das suas desenvolturas por todo o Vietnã, e o ator fez bons trejeitos, dosou o envolvimento de cada ato com ares inicialmente bem empolgados para cima de algo que não questionava, achando que eram heróis de guerra, depois ao vivenciar no campo de batalha, passar por vilarejos e até ver um grandioso atentado vai mudando seu estilo até chegar completamente diferente de volta aos EUA, ou seja, conseguiu mostrar muitos vértices da guerra com expressões, e isso é algo que poucos acertam. Ainda tivemos Russell Crowe bem encaixado como o repórter de guerra Arthur Coates, não aparecendo tanto, mas nos atos finais mostrando bem a vida insana desse tipo de profissional. E também vale destacar Matt Cook com uma ingenuidade máxima com seu Habershaw acreditando completamente no protagonista, e Kevin K. Tran com seu Oklahoma, um policial de trânsito bem gracioso que faz amizade com o protagonista, além dos amigos que acha lá e colocam ele no meio de tudo como Jake Piking com seu Duggan, Archie Renaux com seu Collins, Kyle Allen com seu Pappas e Will Ropp com McLoone, mas sem dúvida vale pontuar o dono do bar vivido por Bill Murray numa versão patriótica de um ex-combatente que acredita que todos devem servir o exército.
Visualmente o longa foi muito intenso, com boas cenas no meio da guerra, com tiros, explosões, mostrando acampamentos de guerra, barracas, depósitos, cenas em helicópteros, aviões de cargas e de mortos, um trânsito já caótico, invasões, e claro muitos figurantes bem trajados da época, sendo bem representativo, além de termos o protagonista com sua mochila carregada de cervejas, ou seja, a equipe pesquisou bem e usou bastante o que o personagem real detalhou em seu livro, sendo algo muito marcante de ser visto do começo ao fim.
Enfim, é um filme que tem momentos marcantes e bem trabalhados, que envolvem bem o espectador e conta bem toda a história do personagem, sendo que alguns podem reclamar da falta de dinâmica, outros não acreditarem em tudo o que é mostrado, e até mesmo aqueles que vão falar da falta de um senso crítico maior, mas de certa forma é um bom passatempo, tem estilo e agrada com o que é entregue, e sendo assim vale o play. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...