A sinopse nos conta que Arthur Moreira Lima é o mais premiado pianista brasileiro, referência internacional da música de concerto. Garoto prodígio, começou sua carreira profissional aos oito anos de idade. Foi laureado nos mais importantes concursos de piano do mundo: Chopin (Varsóvia), Tchaikovsky (Moscou) e Leeds (Inglaterra). Morou mais de 20 anos na Europa onde construiu uma sólida carreira, tocando com as mais importantes orquestras do planeta. Nas últimas décadas, ele se dedicou a um gigantesco projeto de democratização da música de concerto: saiu pelo Brasil a bordo de um caminhão-teatro, se apresentando em praça pública por mais de 600 cidades pelo interior de todo o país.
Diria que o diretor Marcelo Mazuras foi bem direto no que desejava mostrar, não enfeitando muito toda a situação, e usando até pouco material antigo do pianista para deixar realmente o projeto em evidência, o envolvimento dele com o projeto, e representar bem as localidades simples por onde passou, que evidenciam bem todo o tratamento carinhoso das pessoas, os olhares de gente que sequer ouviu alguma vez uma composição erudita bem tocada, e que funcionalmente engloba algo maior, não sendo apenas a música em si, mas um ganho de qualidade sonora, talvez algum jovem que resolva mudar de vida quem sabe, e que ao final ainda nos é contado que a esposa e a filha dele viajaram junto levando também tratamento dentário para todos no caminho, que talvez até valeria ter mostrado um pouco mais disso, mas que volto a dizer, o foco do diretor foi o músico, e isso foi muito bem retratado, vemos tudo com simplicidade e envolvimento, e funcionou demais.
Enfim, como é um documentário não tenho como ficar falando dos personagens e do visual, afinal temos o Arthur que é até mais simples do que se imagina para alguém que viveu anos na Europa, super conceituado e tudo mais, e o visual são as diversas cidades do país, sempre com exibições em praças simples lotadas por quase todos os moradores da cidade, já que são bem pequenas, e assim sendo o que posso dizer é que o longa envolve, mostra uma época que a cultura era bem valorizada, com 16 anos de investimento no projeto, e que o longa funciona bem para representar tudo muito bem colocado, a boa música envolvendo a todos, e assim vale a conferida. Só não darei a nota máxima para o filme, pois acredito que merecia pelo menos mais uns 15 a 20 minutos no começo com uma apresentação melhor de quem é o protagonista, sua família, seus aprendizados e tudo mais, que acabou sendo colocado bem poucos momentos disso no miolo e não funcionou tanto, mas de resto o projeto foi lindo e perfeito, então valeu pessoal da A2 Filmes por mandar a cabine de imprensa, e recomendo muito o longa para todos ficando por aqui hoje, então abraços e até logo mais.
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