Como falei o longa tinha tudo para dar muito certo, afinal o diretor Brian Goodman conseguiu criar uma tensão forte, ficamos o tempo inteiro agoniados com a busca do protagonista, e mesmo achando ele exagerado demais na força, no estilo de guerra e corrida, torcemos por ele, então faltou uma melhor finalização do roteiro, e claro entregar mais para o público nos atos finais, talvez deixando a cena de abertura para realmente no momento que ocorre, criado mais desenvolturas ali nas cenas de busca, e talvez até mais explosão por parte dos traficantes ou então uma explicação melhor para o sequestro, pois soou bobo e sem atitudes, o que não é comum de ver em um filme do estilo. Ou seja, foram erros tão infantis que rasparam a trave de fazer o filme ficar ruim, mas a tensão é tão boa que o resultado mesmo sem grande expressividade convence.
Sobre as atuações, já falei isso, mas volto a repetir, que já vamos conferir um longa de Liam Neeson ou Gerard Butler esperando eles destruírem tudo, socarem os vilões ao máximo, atirarem sem erros, explodir o que tiver na sua frente e tudo mais para salvar sua família, mas aqui a síntese de seu Will é de um homem simples, sem grandes ensejos de lutas, e talvez um outro ator no lugar dele daria um resultado mais convincente para o papel, pois não que ele tenha saído ruim, mas seu personagem não tem a personalidade de um "corretor" de imóveis, e assim ficou meio estranho. Vemos mais cenas de flashbacks com Jaimie Alexander com sua Lisa do que seus atos propriamente ditos, já que some logo na segunda cena, e assim sendo ficou realmente parecendo um sequestro orquestrado por ela, o que daria um tom muito mais marcante para a história, ou seja, a atriz ficou morna demais, e o filme poderia ser outro com poucos ajustes. Russell Hornsby até foi bem persuasivo com seu detetive Paterson, mas entregou algumas nuances de que sabia de tudo o que rolava com os traficantes e ficou pianinho demais, ou seja, faltou um pouco mais de "heroísmo" para que seu personagem explodisse. Quanto aos demais, vale apenas um pouco da desenvoltura de Ethan Embry com seu Knuckles e Michael Irby com seu Oscar pelos trejeitos de apavoro nas cenas mais intensas, mas sem ir muito além, já David Kallaway foi quase um enfeite com seu Frank, aliás o protagonista chega lá sem nem saber quem é realmente Frank e sai empunhando tudo, ou seja, ficou falso.
Visualmente a trama teve algumas cenas bem alocadas no meio de uma floresta, um galpão bem ornamentado de produção de metanfetamina (bem claro que vai explodir e/ou pegar fogo, mostrando a todo momento os escritos de inflamável), uma casa meio que abandonada e estranha, uma delegacia simples, uma casa também simples da família da moça, e uma marina bem rica na casa dos protagonistas, além claro do posto aonde se passa todo o começo do filme, não sendo nada muito expressivo, mas bem colocado todos os elementos que a direção de arte desejava mostrar.
Enfim, é um filme mediano que com bem poucos ajustes seria incrível, pois consegue segurar bem toda a tensão, tem estilo, tem personagens interessantes, mas exagerou na força e não finalizou de maneira coerente tudo o que foi colocado, resultando em algo que serve de passatempo, mas que muitos irão reclamar no final. E assim sendo digo que recomendo ele com tantas ressalvas que até eu mesmo fico em dúvida se veria lendo tudo o que escrevi, mas fica a dica, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais pessoal.
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