Se tem uma coisa que valorizo demais em franquias é quando um diretor pega um projeto e fica com ele até o final, e David Gordon Green assumiu a trilogia lá em 2018, conquistou os fãs, fez uma sequência de mesmo nível, e agora veio para um desfecho tão grandioso e melhorado que não tem como não aplaudir o que fez, pois conseguiu entregar tanto a essência da saga quanto criar algo mais imponente, botar o ódio no olhar de uma pessoa e acrescentar ela na formatação de matanças que o filme se propõe, e assim sendo o longa se desenvolve demais com um texto forte, cenas imponentes, muitas matanças, sangue para todo lado e muito simbolismo, ficando tão interessante que agora estou até curioso para a sequência de "O Exorcista" (sim, o original de 1978) que ele está filmando agora que encerrou essa franquia, e assim sendo colocou bem o seu nome no hall dos grandes diretores de terror. Ou seja, é daqueles filmes que o diretor soube pegar algo que já era bom, deu uma lapidada para chamar ainda mais atenção e botou tudo em jogo para um filme forte e bem trabalhado, que talvez alguns fãs reclamem de Michael Myers aparecer digamos menos que o normal, mas a essência toda do terror está presente, e a força do protagonista também, e assim sendo ele renovou a trama com boas dinâmicas e uma precisão cirúrgica para que os atos causassem bastante, além de sustos gratuitos que é a marca da franquia.
Como muitos vão resmungar e justamente foi pra mim o ponto alto da trama, tivemos menos uso do embate entre Michael Myers e Laurie Strode, apesar claro das últimas cenas bem marcantes, de forma que Nick Castle e James Jude Courtney quase nem foram usados como o imponente assassino, e Jamie Lee Curtis soube entregar suas cenas de mulher fortona com sua Laurie em alguns atos, botou medo no protagonista novo, fez trejeitos bem entregues para sua neta, e brincou bem em cena com o que precisou fazer, não sendo tão marcante, mas não deixando a trama sem seu brilho. E já que era para brilhar, Rohan Campbell botou o nome para jogo com seu Corey, sofrendo pancadas tanto verbais quanto físicas de toda a população, e devolvendo trejeitos tão bem encaixados para cada ato, desde desespero, passando por remorso e até muito ódio, que somente em seu olhar já dava para ver a mudança de personalidade que um dos personagens até cita em determinado momento, ou seja, foi muito bem com um começo meio tímido, mas depois explodindo em todos os atos, e se antes era o rei dos filmes natalinos, já pode começar a preparar as malas para os suspenses/terrores que vai ser certamente bem usado de uma forma melhor o que sabe fazer. E se no primeiro filme da nova trilogia Andi Matichak praticamente foi um enfeite com sua Allyson, e no segundo já lutou bastante com o monstrengo, agora se entregou com envolvimento bem marcante para o protagonista, desejou atos vingativos bem encaixados, e se rebelou bem, de forma que não brilhou o tanto que precisaria ainda, mas foi bem no que fez. Quanto aos demais, tivemos boas aparições de alguns personagens dos demais filmes, algumas participações novas, mas sem grandes envolvimentos, ao ponto que o filme mesmo ficou entre o trio protagonista, e por tudo o que fez, a morte do garoto Billy merecia ser bem pior, mas Marteen fez bem seus atos, e não decepcionou ao menos.
Visualmente a trama foi bem desenvolvida, mudando um pouco a locação tradicional da casa de Myers e de Strode, agora com a mulher indo para outro lugar, e o monstrengo morando num esgoto (em algo meio parecido com "It - A Coisa") bem cheio de nuances e imponências, tivemos a casa aonde o protagonista vai cuidar de um garotinho no começo e acontece o acidente bem impactante visualmente, e que depois ele acaba indo morar, e tivemos uma rádio com sua torre bem interessante de ver, sendo basicamente essas as principais locações, tendo um baile, a mansão chique de um médico com seu encontro noturno, um ferro velho aonde o jovem trabalha e que será bem importante para as cenas mais violentas, e claro muito sangue, muitas facas, e elementos bem marcantes clássicos da franquia, ou seja, um trabalho bem minucioso e interessantíssimo da equipe de arte.
Enfim, o longa tem a trilha tradicional, tem os embates tradicionais, tem muita violência, traz tudo o que os fãs gostam, mas principalmente traz muita coisa nova e história, que é algo que sempre faltou para a franquia, então sei que muitos irão odiar por terem feito essas mudanças bruscas de estilo, mas para esse Coelho que vos escreve o filme ficou incrível, com um final bem marcante e simbólico para fechar a franquia (ou essa trilogia pelo menos), e que só não falo que foi 100% perfeito pela matança demorar um pouco demais para começar, mas de resto vale cada minuto na tela, assisti na Imax que foi maior ainda todos os sustos e barulhos, então recomendo para todos, e agora é esperar o que virá de um novo reboot da franquia, novos filmes do diretor, e tudo mais. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto logo mais com mais textos, então abraços e até breve.
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