O bacana do diretor Jeff Wadlow é que ele gosta bastante de inserir comicidade no meio do estilo terror, e tem se dado muito bem nas suas produções que acabam ficando descontraídas e bem produzidas para quem gosta de ver filmes de terror, mas não quer nada que não lhe deixe com medo, e assim ele tem ousado em refilmagens de clássicos como fez em "A Ilha da Fantasia" ou até mesmo em brincadeiras mais tensas como fez em "Verdade ou Desafio", e claro com tramas mais leves e soltas como fez no passado com "Kick Ass 2", mas sempre deixando bem livre para que os personagens principais se desenvolvam e entregue bons atos, tanto que acredito muito que a base que ele usou aqui, se a Netflix quiser joga logo em seguida um segundo longa natalino, já que os personagens secundários disseram que a cidade gosta muito das decorações e com isso gerar maluquices bem encaixadas, ou então já irem preparando para o Halloween do ano que vem, já que na cena final vemos outros muitos baús na casa, ou seja, dá para brincar bastante e entregar muito resultado, afinal o diretor é bom, a produção foi boa, e os atores são bem despojados para tudo, então é só brincar.
Sobre as atuações, confesso que dei o play no longa com muito medo, pois sabemos o estilo de bobeira que os Wayans costumam entregar, mas aqui Marlon foi bem colocado como um professor de ciências que acredita que tudo tem uma explicação científica, e que fica bem claro seu receio com a data festiva, então ele foi bem cético em vários momentos e fez poucas caras exageradas, o que acabou agradando nos momentos que pediam isso, e sendo assim seu personagem Howard Gordon foi bem trabalhado, e acabou agradando no que fez. Priah Ferguson se destacou bastante na série "Stranger Things", e aqui sua Sydney é bem colocada, tem boas desenvolturas expressivas, não se segurou nos atos mais dinâmicos e acabou chamando muita atenção para si, de forma que acabamos torcendo por ela, o que é bacana de ver na tela. Quanto aos demais, a maioria deu conexões para os protagonistas, como a mãe que gosta de uma culinária vegana sem glúten que faz quase mini-tijolos para a festa de Halloween, bem colocada por Kelly Rowland, o diretor da escola que curte trabalhar com coisas exóticas bem encaixado com John Michael Higgins, o vizinho fanático por "The Walking Dead" bem maluco que Rob Rigle fez, e até a prefeita exagerada que fez bem seus atos vivida por Lauren Lapkus, mas quanto das crianças pareceram sem vontade, com um grupinho de fãs paranormais bem fora da caixinha que não empolgam em nada, então poderiam ter até minimizado as cenas deles.
Visualmente o longa é um luxo só, com uma cidade inteira repleta de decorações de Halloween das mais simples até uma aranha gigantesca, cheio de animatrônicos para andarem atacando, uma cena numa asilo abarrotado de aranhas, vários personagens temáticos muito bem encaixados, ou seja, quase uma festa dessas de parques de terror na tela, com tudo bem trabalhado, não sendo apenas um bicho jogado na tela, e mesmo os atos mais simples foram bem representados com bons efeitos e envolvimento da equipe de arte do começo ao fim.
Enfim, é um bom filme de passatempo, pois não tem cenas que vamos nos impressionar ou querer indicar ele como algo que não é, e como já disse isso é muito bom, pois diverte sem grandes apelações, e entrega uma produção de época bem feita que funciona no que se propõe, então fica a dica, e vamos esperar o que mais virá nesse mês de outubro, afinal Halloween ta aí e os streamings não nos decepcionam nessa época. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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