sábado, 22 de outubro de 2022

Netflix - O Desconhecido (The Stranger)

Sinceramente ainda estou tentando entender qual era a ideia completa do filme da Netflix, "O Desconhecido", pois nos é mostrado uma operação policial imensa aonde um investigador e toda sua equipe se passam por um tipo de máfia que apaga tudo do passado das pessoas, fica amigo de um procurado e o convence à confessar o crime e como fez tudo, mas sendo embasado em uma história real acabou ficando meio frouxo todo o envolvimento do policial, ficou estranho a forma que o cara conta tudo, e até mesmo as cenas meio que flutuantes ficaram abstratas demais dentro do contexto todo, de modo que acabamos sim presos na trama como o diretor propõe, mas ao final ficamos pensando se a história daria um filme mesmo, ou forçaram nos acontecimentos para soar fictício demais e se perderam. Ou seja, tem falhas demais no contexto completo, e o resultado não agrada.

O longa nos conta que dois homens se encontram em um avião e iniciam uma conversa, que se transforma em uma amizade. Para Henry Teague, desgastado por uma vida inteira de trabalho físico e crimes, este é um sonho realizado: seu novo amigo Mark pode ser seu salvador e aliado. No entanto, nem tudo é o que parece ser, e cada um carrega segredos que ameaçam arruiná-los – e ao fundo, uma das maiores operações policiais do país se aproxima.

Não diria que o filme do diretor e roteirista Thomas M. Wright seja ruim, pois tem um bom ensejo, tem atos interessantes, e principalmente como um bom filme policial prende o espectador durante toda a exibição, mas sendo baseado em uma história real ficou artificial demais tudo o que foi entregue, de modo que alguns atos pareceram falhas de roteiro, em outros da edição de não ter um ritmo nem formatação que chamasse atenção, e até mesmo ficou parecendo algo irreal para falar a verdade, ou seja, acabou tendo mais erros do que acertos que no final ficamos na famosa dúvida se gostamos ou não do que vimos, se entendemos tudo, e acaba parecendo não ter acabado. Sendo assim, diria que é algo meio que decepcionante, que não vai muito além, que mostra sim o ato de convencimento e todo o drama do investigador em fazer uma amizade e depois quebrá-la, mas que não vai muito além, e acaba não sendo marcante como deveria.

Sobre as atuações, gosto muito do estilão de Joel Edgerton, mas aqui seu Mark é estranho demais, parecendo não estar satisfeito com o que está fazendo, tendo cenas abertas aonde seu personagem até entrega atos marcantes, mas não convence, e isso acabou pesando muito na trama. Da mesma forma Sean Harris está tão estranho com seu Henry que tive de pausar o filme e pesquisar quem era o ator, pois ele se entregou muito para o papel, e fez trejeitos fechados, sendo até bem colocado, mas não caiu tão bem como poderia para alguém com algum tipo de psicopatia ou problemas criminais mais imponentes, sendo apenas um velho criminoso. Ainda tivemos alguns outros personagens bem colocados, mas sem grandes imposições, ao ponto que Jada Alberts fazendo a sua Detetive Rylett em alguns atos pareceu até estar chorando e isso ficou estranho para o que o longa propunha, ou seja, o elenco pareceu perdido e não foi muito legal ver isso na tela.

Visualmente a trama tem uma pegada até que interessante, indo em locais meio que abandonados para entregas estranhas, parecendo uma quadrilha ou algo do tipo para enganar o criminoso, vemos toda a operação policial rolando por trás e claro todas as sínteses do protagonista em sua casa com seu filho, tendo alguns momentos marcantes, alguns elementos simbólicos, mas sem grandes desenvolturas para mostrar uma operação realmente imponente, de forma que talvez a busca dos restos mortais fosse até mais interessante de ver, e ficou na tela apenas alguns minutos.

Enfim, confesso que me decepcionei bastante com o longa, pois tinha uma boa nota na plataforma, está entre os filmes mais assistidos, mas o resultado mesmo prendendo o público não vai muito além e isso pesa bastante, então não tenho como recomendar, e vou torcer para arrumar algum melhor no fim de semana. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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