Diria que o diretor e roteirista Parker Finn estreou bem na posição com um filme simples, porém bem denso, que não peca em excessos, nem em simbolismos, deixando tudo bem claro na tela, sendo uma entidade que mistura as visões das pessoas, e que vai passando de uma para a outra pessoa, ou seja, talvez tenha faltado mostrar um pouco mais do que é alimentada se é dos medos, dos pesadelos, da mente da pessoa, mas que funcionou e causou, e isso é o que importa no estilo, afinal nem sempre queremos explicações diretas, e aqui a trama teve um estilo, teve personagens bem colocados, e momentos assustadores e impactantes, coisa que quando bem feito é acerto nítido. Ou seja, talvez tenha faltado para ele um pouco mais de experiência para desenvolver a entidade, dar algo a mais para ela, e até usar um pouco mais dos rostos sorridentes, tanto que as melhores cenas são as dentro do hospital mesmo, mas isso ele vai pegar logo mais, então é esperar e ver o que fará em seguida, afinal acredito demais que o longa terá uma sequência, ou quem sabe um prequel mais explicativo do ser sorridente.
Sobre as atuações, diria que Sosie Bacon foi muito bem conectada com a personalidade de sua Dra. Rose Cotter, pois inicialmente cética da história toda vai se envolvendo junto com o público na mesma intensidade, e quando vemos assim como ela já não sabemos direito o que é realidade ou não, e com olhares marcantes e bem desenvolvidos a jovem se desprende de trejeitos clássicos, o que faz ser envolvente e bem colocada em todos os seus atos. Já Jessie T. Usher acabou ficando muito frouxo com seu Trevor, não sendo um namorado parceiro da protagonista, e nem corajoso o suficiente para ajudar ela, ao ponto que apareceu pouco e não caiu bem no que o papel pedia. Ao contrário de Kyle Gallner com seu Joel, pois o ex-namorado e policial se colocou bem disposto, entregou olhares bem emotivos para com a protagonista, e se desenvolveu bem nas cenas mais tensas, agradando sem sobrepor nada. Quanto aos demais, vale o destaque para Caitlin Stasey com sua Laura Weaver, principalmente pelos atos mais diretos e insanos e Robin Weigert com sua Dra. Madeline Northcott, principalmente nos atos que fez incorporada pela entidade, pois ali pareceu gigante e bem forte.
Visualmente a equipe de arte conseguiu deixar o longa foi bem interessante, usando muitos ambientes escuros, desde a casa da protagonista até uma casa abandonada da família aonde a mãe da protagonista morreu, vemos um ambiente de presídio, um hospital psiquiátrico e até uma festa infantil aonde o presente vai surpreender bem a todos, e a cena seguinte então é daquelas bem marcantes, ou seja, não economizaram nas cenas com cortes e sangues, trabalharam ambientes escuros para causar impressões, e assim conseguiram ser chamativos e bem colocados sem precisar de simbolismos, mesmo tendo um ar de personalidade diferente para a entidade em si.
Enfim, é um filme com uma pegada interessante, que até foi melhor do que esperava, não sendo apenas de sustos gratuitos, mas que poderia ter sido ainda melhor com poucos ajustes, porém como já disse devem vir com mais sequências, então é esperar pra ver, mas já vale a conferida agora para quem gosta do estilo. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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