Claro que quem for conferir esperando qualquer coisa diferente do que um filme infantil irá se desapontar, mas o musical construído pelos diretores Josh Gordon e Will Speck em cima do livro de Bernard Waber foi algo muito bem trabalhado, cheio de interações, de boas desenvolturas, e principalmente tendo muito estilo por parte dos protagonistas, afinal temos cenas bem bobinhas, pulos em latas de lixo para pegar comida recentemente descartada, algumas mágicas e boas danças, de forma que mesmo não sendo algo que dá para convencer de ter um crocodilo cantor, o que vemos acontecer na tela é algo muito singelo e bem feito. Ou seja, diria que seja um filme simples, que não se pode esperar grandes criações, mas que emociona por ser bonitinho, por torcermos pelo crocodilo e até ficarmos bravos com algumas desenvolturas da trama, e mais do que isso, fazendo a minha famosa análise de filmes infantis, a criançada (sala hoje tava bem lotada) ficou quieta o filme inteiro, então prendeu a atenção do público alvo, e o acerto foi grande.
Não vou falar tanto sobre as atuações, afinal como vi o longa dublado não posso dizer sobre entonações e trejeitos, mas diria que os personagens foram bem trabalhados, principalmente o garotinho Winslow Fegley que brincou bastante em cena com o crocodilo, trabalhou ares emocionais interessantes e se jogou na aventura por completo, mas também temos de ver Javier Barden completamente solto para dançar e requebrar com o personagem digital e até soar um pouco bobo demais. Já Constance Wu e Scott McNairy foram bem encaixados como os pais da família, com Wu dançando também na música da cozinha e agradando bastante com sua felicidade. Agora quem ficou meio estranho demais foi Brett Gelman como um vizinho rabugento que só reclama, pois forçou um pouco os trejeitos, e o dublador nacional Bruno Linhares não ousou muito, ao ponto que acabou não fluindo bem. E já que falei de dubladores, tenho de tirar completamente o chapéu para Marcus Eni que dublou Lilo todas as canções em versões maravilhosas, agradando bastante mesmo, o garotinho ficou bem simpático na voz de Enzo Dannemann, Flávia Saddy se doou de forma graciosa para Sra. Primm, Duda Espinosa deu um tom marcante para o Sr. Primm e Guilherme Lopes fez bem também os atos de Hector (Barden).
Visualmente o longa foi muito bem desenvolvido, com uma casa interessante, um sótão bem bagunçado (afinal com um crocodilo morando por meses não era de se esperar muito), o personagem ficou muito bem desenhado tridimensionalmente, com boas sombras e movimentos, tivemos o gato também digital meio estranho, mas interessante de ver, tivemos o show de talentos simples, mas efetivo, e o zoológico com outros crocodilos bem mais mal-encarados, ou seja, tudo foi bem feito e bem pensado para funcionar na interação com o personagem, resultando em algo bacana de ver.
Não localizei a trilha sonora nacional para poder divulgar aqui, se alguém arrumar só chamar nos comentários que incluo aqui, mas quem quiser ouvir a original já está no spotify e é só dar play aqui, que está bem legal também.
Enfim, volto a frisar que é um musical infantil, então não crie muitas expectativas e se divirta com o que é entregue, pois vai valer a conferida, e claro leve a criançada, afinal animais cantantes sempre agradam a todos, e já disse que a sala bem cheia ficou bem envolvida durante o longa inteiro, então é um bom sinal que gostaram do que viram. E é isso pessoal, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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