Diria que o diretor e roteirista Renato de Maria foi bem criativo nas situações, brincou com ideias bem colocadas, jogou alguns momentos de HQ no miolo para brincar com o plano, deu boas cenas de ações para um filme que tem a base misteriosa, e com isso acabou criando algo completo de sentidos, aonde aparentemente os atores se divertiram bem com seus momentos, não ficando um longa seco sobre um roubo, mas sim uma desenvoltura completa cheia de nuances aonde cada ato já vem bem colocado em cima do caso completo, e com isso já meio até que sabemos aonde tudo vai dar, e o resultado flui bem pelo menos. Ou seja, mesmo não tendo reviravoltas costumeiras de entregas, toda a interação é bem fluída, e com isso entramos bem no clima e somos bem agraciados com o resultado completo, não sendo uma direção memorável, mas que contando com uma produção honesta bem colocada resulta em um filme que não cansa e que diverte, sendo o famoso pacote gostoso de conferir.
Quanto das atuações, posso dizer que Pietro Castellitto entregou um bom líder da equipe com seu Isola, ao ponto que não foi muito bem apresentado aos espectadores, mas conseguiu construir um carisma bem colocado durante todo o desenvolvimento, ao ponto que fez bons trejeitos, trabalhou ares meio de pessoa dupla, e com isso conseguiu chamar bastante atenção. Matilda De Angelis trabalhou bem sua Yvone, fez ares sensuais e trejeitos bem cheios de nuances, além de cantar algumas canções do filme, ou seja, foi bem em duas funções e acabou agradando bastante com suas desenvolturas. Ainda tivemos momentos bem fofos com os dois mais jovens do grupo, contando com Luigi Fedele como um bom Amedeo tecnológico e cheio de perspicácia, e Rebecca Coco Edogamhe com sua Hessa quase como uma ninja do crime. Tivemos os mais velhos bem cheios de ares rabugentos, mas cheios de marra e pontaria, prontos para todas as cenas mais dinâmicas com Tommaso Ragno com seu Marcello e Alberto Astorri com seu Molotov, e ainda foi bem colocado o piloto de corridas Giovanni vivido pelo divertido Maccio Capatonda. E do outro lado ainda tivemos o vilão bem vivido por Filippo Timi com seu Borsalini imponente e bem desenvolvido. E boas participações com nuances bem encaixadas no final de Isabella Ferrari com sua Nora, Lorenzo de Moor com seu Achab, e até ares e olhares fortes em cima de Giorgio Antonini com seu Leonida.
Visualmente a trama tem locações interessantes, com esconderijos e até quarteis bem rústicos e bagunçados, afinal estamos no final da guerra com muita coisa destruída, temos um belo tesouro guardado com uma surpresinha no final, temos uma boate/clube bem trabalhada nos detalhes, e claro muitas armas, explosivos e todo um desenvolvimento da equipe de arte para ser bem simbólico da área de isolamento, com muitas cercas e contando em todos os atos com muitos elementos cênicos para servirem dentro da história como pistas ou elementos gráficos, e falando em gráficos tivemos todo o plano muito bem elaborado em HQ, ou seja, entregaram tudo.
Enfim, é um filme bem interessante, que de cara não parecia chamar tanta atenção, mas tem um ritmo envolvente e boas desenvolturas que acabam agradando bastante e divertindo na medida certa. Ou seja, é daqueles que quem curti ação vai gostar, quem gosta de histórias bem desenvolvidas vai se envolver, e o resultado final é satisfatório até para uma continuação, se quiserem ir além, mas foi bem fechado, e vale a recomendação. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...