O longa é tão experimental que é dirigido, roteirizado, protagonizado, produzido, fotografado, filmado e editado por Bonifacio Angius, ou seja, economizou dinheiro aos montes para fazer toda a loucura dialogada com seus amigos, aonde vemos as diversas situações que a trama envolve de uma maneira muito maluca, que sinceramente esperava ver algo abstrato, mas que tivesse ao menos um desenvolvimento cênico, que chegasse à algum ponto, ou que pelo menos nos diálogos tivessem mais atos de poemas como o que um dos personagens cita toda a ode aos gigantes de onde saiu o nome do filme, mas não, é apenas muitas drogas, bebidas e pessoas chapadas falando a esmo, se enfrentando após entrarem na loucura toda, e só. Ou seja, é daqueles filmes que ficamos esperando algo acontecer e não acontece, aonde só muito louco igual para talvez falar "nossa que maluco", mas estando normal você assiste, acaba e vai dormir, pois nada te afetou, e isso é o que o experimental faz: levar nada a lugar algum.
Sobre as atuações, acredito que nenhum dos atores se drogou realmente, mas souberam fazer suas interações de maneiras bem coerentes com surtos de pessoas que utilizam, ao ponto que chega a ser até engraçado alguns atos, o diretor Bonifacio Angius fica exageradamente sério e com ares de psicopatia meio estranhos com seu Massimo, Stefano Deffenu já era meio doidão e passado com seu Stefano, ficou ainda mais passado, Riccardo Bombagi em sua primeira experimentada começa a dançar e lutar igual um maluco, Michele Manca faz seu Andrea passar por todas as fases de machão a chorão, e Stefano Manca parece desorientado, surta, tenta fugir e piora tudo, ou seja, uma bagunça tremenda de malucos. Fora as viagens com muitos outros figurantes, mas ao menos com situações mais centradas, que vindo da mente dos protagonistas, até fazem um pouco de sentido.
Visualmente o casebre é interessante por ter bons elementos cênicos para as loucuras, e como um dos personagens fala, ele levou praticamente a Colômbia inteira para a casa, pois tem drogas de todos os tipos possíveis, com vários instrumentos e tudo para que as nuances fluíssem e saíssem de si, ou seja, visualmente a trama até tem algo bem bacana e funciona, mas o filme é maluco demais para tudo.
Enfim, como disse no começo sou completamente contra filmes experimentais, mas como todo experimento, pode dar muito certo ou muito errado para alguém, para mim ficou bem ruim, mas para o diretor conseguiu ser exibido em muitos Festivais grandes, então funcionou ao menos. Sendo assim, eu particularmente não recomendo para ninguém, mas quem quiser arriscar ele está gratuito até o dia 04/12 no site do Festival Italiano, então veja por sua conta e risco, e eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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