Diria que o diretor e roteirista René Guerra exagerou um pouco nos atos obscenos, pois mesmo a protagonista fazendo uma prostituta, numa sessão normal de cinema ver uma quantidade exagerada de peitos e pênis não é algo que satisfaça muitas pessoas, e dava para ser muito mais sutil em tudo, mas tirando esse detalhe, a história até que é bem encaixada, tem alguns atos divertidos bem colocados, e situações que acabaram sendo funcionais para a proposta, mas é aquilo, estou considerando que a proposta principal seja algo de divulgar as músicas de Amarantos, pois como filme realmente o que temos são várias esquetes e situações que ocasionalmente não ocorreriam.
Sobre as atuações, diria que Gaby Amarantos até deu boas nuances para sua Kelly, mas não teve como, pois não é uma personagem que acabamos conectados, não sendo nem uma matadora que torcemos pela captura, nem pela fuga, sendo apenas uma cantora de boate que mata os homens, ou seja, faltou trabalhar melhor a personagem, e isso pode nem ser problema da atriz/cantora, mas sim da direção fraca. Paula Cohen também tentou chamar atenção com sua delegada Fabíola, mas pareceu mais uma pessoa comum dentro do carro de polícia com um distintivo tentando aparecer do que realmente alguém com atitudes de uma policial realmente, fora a fixação pelo caso, então da mesma forma faltou um trabalho maior da direção para ir além. Quanto aos demais, e olha que teve gente a rodo no filme, com vários tipos de corpos, de sexualidades, de religiões e tudo mais, num ambiente bem amplo e chamativo, vale destacar apenas Igor de Araujo como Tempero, mas mais pelos atos juntos da protagonista do que pelo personagem em si, pois é fraquinho também.
Visualmente a trama foi bem produzida, mesmo sendo com um visual barato, tendo um motorhome simples, alguns bares, bordeis, igrejas, shoppings com desfiles de moda religiosa, e até mesmo um estúdio de gravação tradicional, mas o destaque ficou para as cenas no meio do cerrado, como algo meio desértico, meio cheio de nuances místicas, sendo algo bacana de ver. Ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante de forma que acabou entregando algo bem elaborado ao menos.
Enfim, é um filme bem fraco no sentido geral, que tem alguns atos interessantes, algumas boas sacadas e até uma adaptação de uma das músicas mais tocadas em boates "Psycho Killer", então diria que não tenho como recomendar ele, pois faltou um pouco de tudo para melhorar, não sendo uma bomba completa, mas que passou bem perto de falhar em tudo. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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