O mais engraçado de tudo é que o diretor e roteirista também é o protagonista, ou seja, o conjunto completo que mais costuma dar errado, e felizmente Philippe Lacheau soube brincar com tudo sem se perder, o que é raro, pois entregou de cara que iria fazer uma sátira, e trabalhou todas as possibilidades de bagunçar com cada elemento, com cada filme que o público gosta, e mesmo que apelando em alguns momentos, ele soube dosar para que não ficasse fora de eixo, ou como costumo dizer, separado por esquetes, afinal o filme inteiro é funcional, não tendo quebras, não tendo momentos soltos de comicidade, mas sim como um todo bem arquitetado e divertido, que até tem erros (muitos por sinal), mas que não atrapalham ao serem colocados na íntegra do filme, o que se difere quando temos esquetes soltas que no conjunto não entregam uma história. Ou seja, é um roteiro simples, com uma produção até que bem grande, aonde ele se divertiu e entregou diversão, algo que muitas comédias do estilo pastelão e satíricas não conseguem, então só por isso já merece os parabéns, mas foi melhor ainda, fez rir por completo, e isso é acerto para fazer até um segundo filme.
Sobre as atuações, não vou falar tanto das expressividades, afinal o filme só veio dublado para cá, e o que posso dizer apenas é que colocara boas piadas, algumas bem conhecidas dos brasileiros, e o lipsync funcionou bem, então diria que o próprio diretor Philippe Lacheau entregou muita personalidade para seu Cédric/Badman e brincou completamente em cena, não sendo um personagem imponente, mas se jogando para cenas de ação, fazendo trejeitos marcantes quando precisou, e passando bem o ar de uma dupla personalidade após um trauma, e sua bagunça funciona, o que acaba agradando sem soar falso demais no que faz. Já da sua turma não posso dizer o mesmo, pois mesmo soando engraçado em alguns momentos, Julien Arruti com seu Seb, Élodie Fontan com sua Éléonore e Tarek Boudali com seu Adam forçaram a barra com situações bem bobas, com Arruti completamente dominado por um remédio experimental, Élodie com a força e Tarek com atos bobos de amigo/namorado da mãe que soaram estranhos, mas que divertem no meio de tanta bagunça, ou seja, é o famoso forçadores de riso, que não ajudam muito, mas não atrapalham. Ainda tivemos outros muitos personagens bem colocados como a produtora maluca, o ator famoso e sua esposa riquíssimos que só estão na produção por emprestarem seu castelo, e até o pai policial que não se contenta com o fracasso do filho, mas sem dúvida o destaque desses fica para a jornalista Laure, vivida por Alice Dufour que no final ainda entrega uma boa surpresa na trama, mas que no miolo sofreu com a bagunça do protagonista.
Visualmente a trama é muito bem produzida com carrões, armas, brinquedos, perseguições, todo um aparato bem simples mas marcante para funcionar as sacadas comparativas com outros filmes de heróis, e assim sendo o resultado completo acaba chamando bastante atenção, pois se desenvolve a cada novo ato, e com trapalhadas acaba ficando tudo muito pior, ou seja, é aquela famosa equipe de arte que faz parecer tudo dar errado para que no contexto geral chame os holofotes para si, e assim sendo agrada bastante.
Enfim, é um filme que quem deseja rir e se divertir sem ligar para apelações pode ir tranquilamente para os cinemas, ou esperar ele aparecer legendado em alguma plataforma de locação, mas se eu que reclamo sempre de dublagens curti o que ouvi, posso dizer que dá para recomendar a ida mesmo com as piadas brazucas. Sendo assim, mesmo forçando a barra, o resultado agrada, diferente de muitos outros casos que já vimos a apelação ser sem graça, e assim fica a dica para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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