Não posso dizer que a falha seja totalmente do diretor e roteirista Ben Jagger, afinal a história da trama até daria para criar um algo a mais, porém seu filme inteiro não tem fluidez, nem desenvolturas que convençam o público a se conectar às personagens nem à história, de forma que ficamos esperando tudo acontecer mesmo sabendo o que iria acontecer, e em filmes desse estilo precisa causar mais do que mostrar, e mesmo que ficássemos com a curiosidade do buraco, do porão, ou até mesmo de quem era o senhorio dos apartamentos, o filme fica preso demais à amizade das garotas, às suas bebedeiras e até mesmo nos sub-romances que tentam encaixar, e não conseguem, ficando tudo morno, várias esquetes jogadas, e só não chega a ser cansativo por o diretor saber ao menos aonde dar algumas ênfases, e só assim o filme passa o tempo, senão seria daqueles que metade iria embora no meio da sessão e a outra metade iria embora xingando no final.
Sobre as atuações, infelizmente foi difícil ver as belas garotas entregando tão pouco com um roteiro sofrido, ao ponto que vemos elas fazendo seus atos sem um pingo de vontade, e isso pesa demais no resultado final, de tal forma que se antes já nem sabia quem era Francesca Xuereb e Viktoria Vinyarska, agora continuarei sem lembrar delas num próximo filme, pois ambas até tentaram um pouco de expressividade com suas Kim e Izzy, com a segunda fazendo uns trejeitos mais insanos quando está possuída no final, e a primeira no desespero quando a amiga descobre seu texto jornalístico, mas não vão muito além, então ficaram apagadas demais. E falando em apagão, Scott Gremillion ficou parecendo uma assombração andando e aparecendo nos cantinhos com seu Ronan, mas não foi além, fora que soou falso em tudo o que fez, mesmo nos atos mais desesperadores do final. Eric Wiegand até tentou soar simpático, curioso, fazer alguns olhares apaixonados pela protagonista, mas seu Ian não empolgou também, e assim temos um time fraco e até perdido demais com tudo em cena.
Visualmente o longa tem um problema imenso que esse estilo usa demais, fotografia quase que sem iluminação nenhuma, sendo uma trama escura demais, que você até enxerga alguns detalhes, mas que nem souberam fazer uso disso para pegar o público desprevenido e assustar, tendo o vitral como um elo bem bonito de cena, a caixinha de música, alguns corvos, um buraco na parede, um porão estranho e nada mais que fosse representativo para a trama, tendo algumas pouquíssimas aulas da protagonista que nem chega a mostrar direito sua faculdade, e alguns atos soltos em bares e bebedeiras, mas nada demais.
Enfim, é um filme que serve para passar o tempo para quem gosta de um terror que não cause nenhum trauma, sendo simples e sem eficiência nenhuma para chamar atenção, sendo bem mediano para baixo, e que não vale a recomendação. E é isso meus amigos, amanhã confiro mais alguns terrores que apareceram por aqui nos cinemas, então abraços e até logo mais.
1 comentários:
Fraco, sem criatividade, um buraco na parede não preenchido.
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