O diretor e roteirista Roar Uthag tem feito grandiosos projetos já faz algum tempo, seja na Noruega mesmo ou nos EUA, e o mais bacana é que ele sabe aonde acertar o seu público-alvo que são as pessoas que gostam de longas cheios de ação, boas desenvolturas de personagens, e claro muito envolvimento e tecnologia funcional, pois não adianta você encher o filme de efeitos e esquecer de trabalhar a história ao favor dos efeitos, pois senão tudo soa estranho como vimos no longa de Hong Kong dessa semana, e aqui ele deu todo um sentimento bem encaixado, brincou com os lances políticos da trama, e facilmente fez lembrar muitos outros filmes americanos do gênero, só que usando das lendas de seu país, e o resultado além de ficar interessante de ver, funcionou bastante, e acaba agradando demais para quem gosta de produções desse estilo.
Sobre as atuações, sem dúvida é algo que poderia melhorar bastante o que foi entregue, pois não temos personagens que chamem tanto a responsabilidade para si, de modo que vemos todos fazendo até que bem seus papeis, mas você não entra no clima pelo que fazem na tela, mas ao menos não atrapalharam, então foram bem pelo menos. Sendo assim, Ine Marie Wilmann até entregou algumas boas cenas com sua Nora, mas ficou meio estranho tanto sua idade quanto seus atos mais sérios, pois em alguns ela acreditou no que fazia, enquanto em outros duvidava até da cor da terra, e assim vemos ela entregando trejeitos bons que não puxam o público para si, mas não foi algo ruim de ver, e assim fez bem a protagonista. Kim Falck praticamente brincou em cena com seu Andreas, de modo que trouxe boas dinâmicas cômicas para o filme e se encarregou de não deixar o clima ficar parado, o que foi bom para agitar a protagonista, e assim ele mesmo sendo exagerado foi algo importante na trama. Mads Sjøgård Pettersen foi feito para ser soldado do exército, viking e todo tipo de personagem com um ar mais imponente, e ainda tem ares de galã, o que faz qualquer diretor ter uma carta na manga para qualquer momento de sua trama, e aqui diria que faltou trabalhar um pouco mais isso, pois seu Kristoffer poderia ter tascado um beijo na protagonista e o filme teria ares ainda maiores, mas foi bem no que fez. Ainda tivemos alguns atos mais malucos por parte de Gard B. Eidsvold bem trabalhado no ar mitológico como pai da garota conseguindo chamar muita atenção e Anneke von der Lippe com olhares meio desanimados demais para sua primeira ministra, mas foi representativa nos atos que precisou, e isso acaba agradando.
Visualmente o longa está incrível de ver, pois temos muitos bons efeitos especiais, um troll bem feioso de pedra e mato, cheio de detalhes e bem chamativo, explosões, tanques de guerra com uma artilharia pesadíssima, prédios caindo, casas sendo destruídas, muitos elementos cênicos voando pelos ares, detalhes ricos em cada coisa destruída, mas um QG dos políticos que mesmo tendo uma informática monstruosa consegue ser derrubada por uma hacker interna, e num complexo que parece um galpão simples e estranho, que certamente poderiam ter melhorado bastante, mas que pode ser analisado como algum tipo de bunker, então vamos considerar assim, pois todo o resultado foi muito positivo no sentido artístico, e assim sendo o resultado chama muita atenção.
Enfim, é um filme bem marcante e interessante no conceito visual e na história, que poderia ser melhorado nas atuações, e também ter uma trilha sonora mais marcante, pois aí sim o longa seria completo, mas é daqueles filmes que certamente lembraremos quando pedirem alguma dica diferente, e assim fica a recomendação. E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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