É difícil alguém que não tenha visto nenhum filme de Guillermo del Toro, pois se você for desses pode parar de ler aqui e ir procurar em qualquer plataforma para vivenciar cinema, depois volte aqui, e aqui ele conseguiu passar seu abstrato com nuances tão marcantes que até vemos toda a saga clássica do boneco de madeira, mas com nuances mais realistas, com vivências mais marcantes, e principalmente com um tom mais escuros de uma Itália que está em meio a guerra, então não é feliz e sorridente, sofre com tudo, e Mark Gustafson foi um mestre das técnicas de animação em stop-motion, soube escolher a melhor equipe de animadores, soube usar materiais diversos bem marcantes, e todo o resultado da junção dos dois é quase algo emocional e perfeito, pois sim tem defeitos, e os principais são que por crermos nos objetos poderíamos até ignorar alguns elementos corridos, algumas cenas fora da ideia, mas é del Toro, então temos uma exigência maior, pois ele é mestre em trazer coisas novas para nós, e aqui ele inovou em tudo, com um filme que levou quase 15 anos para ser feito, que teve claro a correria dos concorrentes em lançar antes suas versões para tentar chamar mais atenção, não dando tão certo, e assim sendo o filme é tão real que o abstrato se perde um pouco, e isso poderia ter sido melhor usado. Mas ainda friso, é um tremendo filmaço diferente de tudo o que qualquer um já tenha visto.
Sobre os personagens e dublagens, optei por ver a versão original com um elenco de peso, e é muito gracioso ver os tons que o garotinho Gregory Mann conseguiu dar para seu Pinóquio, cheio de vitalidade, curioso com tudo, disposto a tudo e claro tendo muita opinião própria, e a sacada de fazer um boneco feio, meio que imperfeito, que foi criado bêbado ficou muito marcante. Ewan McGregor conseguiu também dar nuances bem imponentes para seu Sebastião O. Grilo, sendo um bichinho estranho, mas que narra bem toda a trama, que se encaixa bem nos momentos certos, e que mais do que uma consciência como sempre foi visto nas demais adaptações, se encaixou bem como o coração do boneco, e assim traz mais virtudes do que ideias para a trama. David Bradley trabalhou o seu Geppetto também como uma pessoa imperfeita, com movimentos secos e estranhos, mas com uma alma bem colocada, aonde o ator pode trabalhar sua vivência e até ser otimista com tudo o que faz, agradando bastante. Ainda tivemos Ron Pearlman como um Podestà imponente, totalmente adepto do fascismo treinando as crianças para serem soldados, se impondo com o filho para que o jovem seja o que ele deseja, e chamando muita atenção, tivemos Cate Blanchett dublando um macaco que não fala nada, mas traz sons bizarros, e até Tilda Swinton deu ótimas nuances com dupla participação fazendo o espírito da floresta e também a morte, com atos fortes e bem diretos na trama, mas sem dúvida quem chamou muita atenção mais uma vez foi Christoph Waltz entregando tudo com seu Conde Volpe, uma versão melhorada do dono do circo de marionetes, com muitas trapaças e ares robustos que chamaram todas as câmeras para si em seus atos, e isso ficou muito bom de ver na tela.
Sobre os personagens e dublagens, optei por ver a versão original com um elenco de peso, e é muito gracioso ver os tons que o garotinho Gregory Mann conseguiu dar para seu Pinóquio, cheio de vitalidade, curioso com tudo, disposto a tudo e claro tendo muita opinião própria, e a sacada de fazer um boneco feio, meio que imperfeito, que foi criado bêbado ficou muito marcante. Ewan McGregor conseguiu também dar nuances bem imponentes para seu Sebastião O. Grilo, sendo um bichinho estranho, mas que narra bem toda a trama, que se encaixa bem nos momentos certos, e que mais do que uma consciência como sempre foi visto nas demais adaptações, se encaixou bem como o coração do boneco, e assim traz mais virtudes do que ideias para a trama. David Bradley trabalhou o seu Geppetto também como uma pessoa imperfeita, com movimentos secos e estranhos, mas com uma alma bem colocada, aonde o ator pode trabalhar sua vivência e até ser otimista com tudo o que faz, agradando bastante. Ainda tivemos Ron Pearlman como um Podestà imponente, totalmente adepto do fascismo treinando as crianças para serem soldados, se impondo com o filho para que o jovem seja o que ele deseja, e chamando muita atenção, tivemos Cate Blanchett dublando um macaco que não fala nada, mas traz sons bizarros, e até Tilda Swinton deu ótimas nuances com dupla participação fazendo o espírito da floresta e também a morte, com atos fortes e bem diretos na trama, mas sem dúvida quem chamou muita atenção mais uma vez foi Christoph Waltz entregando tudo com seu Conde Volpe, uma versão melhorada do dono do circo de marionetes, com muitas trapaças e ares robustos que chamaram todas as câmeras para si em seus atos, e isso ficou muito bom de ver na tela.
No conceito visual a trama é incrível não só pelos bonecos todos feitos a mão para serem animados quadro a quadro, toda uma cenografia incrível de uma pequena vila da Itália nos anos 50, um centro de treinamento para soldados crianças no melhor estilo dos ginásios de paintball, um circo de marionetes bem trabalhado, e até mesmo o ambiente da morte com os coelhos funerários e o monstro marinho que são mais densos foram bem chamativos e entregaram algo bem marcante no conceito completo. E como já disse fizeram algo tão realista que chega a incomodar por não mostrar tanto da arte mais dura do stop-motion cru, aonde sabemos o que estamos vendo, mas foi um bom acerto também.
Enfim, é um filme que é bem oposto do que vimos em todos os demais filmes do boneco de madeira, que tem uma essência forte e que muitos não irão gostar do que verão, mas que emociona e envolve com um ar diferenciado, com musicais bem dosados sem pesar a mão, e que tem estilo, então se você gosta de algo mais abstrato, mais visceral, pode dar o play na Netflix que vai gostar bastante, e a dica que dou é que ao acabar de conferir deixe rolar o documentário sobre como foram feitos tudo na trama, desde os bonecos, passando pelo roteiro, pelas animações e até pela composição musical, que aí a emoção se completa. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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