O diretor e roteirista Stephen Donnelly ficou conhecido por entregar o longa das "Monster High" em 2016, que acabou saindo apenas para a TV, e agora teve a chance de recriar uma história bem clássica com um design tão bem trabalhado que achei até que ele já tivesse vários outros filmes em seu currículo, pois a técnica é segura, o longa não tem momentos de engasgos nem enrolações, e principalmente toda a desenvoltura passa bem recheada de momentos bonitos e com boas mensagens, sem precisar apelar ou pesar a mão, deixando a trama leve. Ou seja, é daquelas animações que você vê o trabalho todo na tela, se emociona e quer até ver mais do material do diretor, o que é uma pena ainda não ter, mas acredito que para a Netflix logo mais apareçam encomendas, afinal o que fez aqui foi algo com muito sentido e visceralmente funcional.
Sobre os personagens e as devidas dublagens, gostei muito da versão original aonde o ator Luke Evans, que sabemos que canta muito em musicais deu sua versão para o avarento Scrooge tanto nos períodos atuais, quanto nas versões de seu passado, e soube mudar os tons de sua voz e envolver demais em cada cena, desenvolvendo os devidos momentos e chamando muita atenção. Tivemos ainda Olivia Colman dando grandes sacadas e desenvolturas para sua Passado, brincando muito em cena com um personagem de vela que se transmuta em outros, com dinâmicas e uma personalidade incrível, outro que se doou muito foi Trevor Dion Nicholas como Presente, num ato musical bem amplo, cheio de efeitos e outros personagens pequenos muito bem encaixados, e até Jonathan Pryce foi muito bem como Jacob Marley em suas duas versões, trabalhando cada dinâmica com ares bem duros e marcantes. E claro dentre os secundários tivemos ainda bons momentos com Jessie Bucley bem marcante com sua Isabel, Fra Fee brincando bastante com o ar desengonçado, mas muito dançante de seu Harry, mas sem dúvida o destaque emotivo ficou para Johnny Flyn com seu Bob Cratchit e seus filhos que foram vividos por Rupert Turnbull e Devon Pomeroy, agradando e acertando em cheio nos tons familiares.
Visualmente a trama é também muito bonita, cheia de cores, com ambientes bem decorados tanto nas casas luxuosas quanto nas casas mais pobres, tendo vários elementos decorativos bem chamativos, vemos detalhes dos momentos em que o protagonista conheceu e perdeu sua namorada, e todos os atos musicais foram ainda recheados de alegorias e elementos saltando para todos os lados, dando um design diferente, além claro de muitos símbolos entre os fantasmas do passado, presente e o que virá, tendo momentos amplos e funcionais, além claro de muitos personagens bem desenhados e que agradam com o conteúdo completo, com destaque claro para a cão Prudence que é um show a parte em cada cena, aparecendo 100% no filme e agradando demais.
As canções não são em sua maioria originais, já tendo aparecido em outros filmes que usam a base do Dickens, principalmente no longa de 1970, "Adorável Avarento", mas que todas bem cantadas por todos os atores aqui, e com os envolvimentos cênicos, o resultado acabou tendo um ritmo bem gostoso e muito emocional, valendo prestar atenção nas letras e quem quiser escutar mesmo antes de ver o filme, aqui está o link.
Enfim, é uma animação bem gostosa, que vale sem dúvida alguma o play para toda a família, aonde os pequeninos vão se conectar mais com as cores e com os bichinhos dançantes, e os mais velhos vão poder refletir sobre tudo, bem como é a base do clássico de Dickens, então fica a dica de recomendação e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais com mais textos.
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