Em seu primeiro longa depois de diversas séries premiadas, Tom George acabou esquecendo que em um filme o ritmo é tudo, então por seu filme ser curto, ele acelerou o ritmo sem acelerar o desenvolvimento, então ao mesmo tempo que acabamos cansados por tudo o que está sendo entregue na tela, o filme em si passa rápido por cima de tudo o que valeria ser desenvolvido, e talvez isso seja algo de sua técnica ou também do roteiro de Mark Chappell que também não tem tanta experiência no mundo dos longas, ou seja, faltou um pouco de tudo no conteúdo para que o suspense causasse mais e a diversão entrasse como algo emocional bem trabalhado e não algo pastelão como acabou sendo colocado, o que não é ruim, desde que a proposta fosse essa, o que imagino que não tenha sido. Ou seja, é daqueles filmes que vemos e até entramos no clima, mas que vamos facilmente esquecer de tudo depois.
Sobre as atuações, diria que o estilo entregue por Sam Rockwell para o investigador Stoppard foi algo meio canastrão em demasiado, de forma que ele mesmo se perde no que deseja fazer, sem mostrar um passado ou algo do estilo, ficando daqueles personagens vazios que surgem do nada e não entregam muita coisa. Já Saoirse Ronan botou muita desenvoltura e perspicácia para tentar descobrir tudo em seu aprendizado como a policial Stalker, que faz bons olhares e intensidades, faz bons questionamentos e acaba chamando muita atenção, mas também soou bobinha demais, algo que a atriz não é. Quanto aos demais personagens, diria que faltou um pouco de atitude para todos, mas vemos desde o diretor beberrão de Hollywood vivido por Adrien Brody com toda sua tradicional loucura e devaneios de fazer algo diferente da peça nos cinemas, vemos um roteirista tradicionalista que não aceita mudar muitas coisas vivido por um refinado e diferente David Oyelowo, entre outros bons nomes do cinema britânico que chamaram a atenção em seus devidos momentos, tendo poucos destaques para Charlie Cooper com seu Dennis presente em todos os momentos e Harris Dickinson fazendo bons atos como o protagonista da peça, mas nada que fosse muito imponente.
Visualmente o longa tem ao mesmo tempo um certo ar chique pela época desenvolvida, mas também entrega momentos meio que bagunçados demais na tela, de modo que vemos muitos figurinos, cenários de peças, os escritórios e quartos bagunçados dos personagens, e até a casa de Agatha Christie sendo usada como desfecho da trama, mas tudo parece sempre meio arbitrário sem vida, ou talvez a correria para mostrar tudo tenha ficado estranha de ver, mas não é ruim, afinal os anos 50 sempre ficam bem na tela, então posso dizer que a equipe trabalhou bem, mas faltou pontinhas misteriosas melhores desenvolvidas para jogar ao público.
Enfim, é um filme mediano que até agrada, mas que facilmente daria para melhorar em tudo com poucas ações, e isso é culpa da direção de séries que costuma achatar tudo para ficar fácil para o espectador, então quem sabe daqui alguns anos um bom diretor melhore a ideia. Diria que serve como um passatempo e nada mais, então quem estiver precisando de um pode dar o play sem esperar muito dele. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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