Não sei se quando fez o longa original em 2016 o diretor Damien Leone já pensava em uma trilogia, aliás em 2011 quando lançou o curta de Terrifier certamente nem imaginava uma versão longa de algo tão violento, mas se reclamei demais do que fez no filme de 2016 que só vi semana passada, aqui tenho de tecer muitos elogios para a forma que desenvolveu tudo, desde a perseguição do palhaço, do comercial de lanchonete incrivelmente repetitivo que fica na mente, e principalmente para os atos no parque de diversões, pois ali é o famoso um susto atrás do outro, com pegadas bem impactantes que certamente causaram diversas sensações nos protagonistas, pois é notável as caras e bocas que fazem, vemos muitos excessos feitos que acabam acertando o público, e sem dúvida o desfecho escolhido que dá um final impactante para a trama funciona demais, e aí ele vê que foi tão bem, que volta logo no comecinho dos créditos com uma cena perfeita para trazer mais um longa daqui há alguns anos. Ou seja, quem ver apenas esse segundo filme talvez fique levemente confuso com alguns atos, mas entenderá o resultado final, mas a cena de créditos é necessário ter visto o primeiro para conectar tudo e se preparar para o próximo, que esperarei por algo no mínimo próximo a esse, mas com um desfecho ainda melhor, e aí é que o problema acontece, pois nesse fui esperando o pior e amei, agora com alguma expectativa, a chance de dar errado é grande.
Sobre as atuações, aqui sim tivemos novamente muito envolvimento de David Howard Thornton, completamente solto com seu Art, fazendo trejeitos marcantes, e sem soltar um grunhido ou palavra que seja conseguiu ser expressivo e forte, ou seja, já pode comprar a roupa do palhaço do estúdio que vai ser para sempre o personagem, afinal acertou demais em tudo. Embora os atos finais de Sienna sejam exagerados e até saiam do tradicional "realismo", Lauren LaVera pegou a personagem e a desenvolveu muito bem, com cenas bem intrigantes, muita força física e trejeitos bem colocados, ao ponto que deu seu nome para a produção e agradou com o que fez em cena. Dentre os mais jovens, tivemos atos meio estranhos de Elliott Fullam com seu Jonathan, forçando um pouco para aparecer, mas de certa forma chamou atenção e isso acaba sendo um bom resultado daqueles que ficamos bravos com as atitudes de alguns personagens, já Amelie McLain fez uma versão infantil de Art bem macabra e com trejeitos e olhares impactantes também, de modo que poderiam ter usado até mais ela, mas já assustou bem e funcionou para o que desejavam. Quanto aos demais, cada um morreu da forma mais impactante possível, tendo cenas bem nojentas e fortes, a do rapaz é algo que todos vão morrer de dor assistindo, e mesmo que nenhum tenha grandes impactos expressivos, foram imensamente melhores que as atrizes do primeiro filme, então agradaram.
Visualmente o longa tem boas bases começando no necrotério aonde terminou o primeiro filme, agora muito melhorado em resolução visual, mas sem sair do estilão sujo, temos uma lavanderia bem tradicional e que funciona na apresentação da palhacinha, temos o ótimo comercial de lanchonete no sonho da protagonista que impacta pelos atos fortes, tivemos uma boa festa de Halloween e a casa das garotas, com destaque para o baldinho de doces que acaba sendo improvisado e diverte demais, e claro tivemos o sensacional parque de diversões com a casa assombrada perfeita para dar sustos e marcar os ambientes, ou seja, a equipe brincou com vários elementos alegóricos e soube dosar todo o impacto para cada momento, o que vai chamar muita atenção de quem for conferir. E para a cena no meio dos créditos ainda tivemos um hospício bem recheado de detalhes que funcionou bem também para iniciar o terceiro filme.
Enfim, volto a dizer que fui sem esperar nada, ou melhor, me preparando para o pior com todo o marketing feito de pessoas passando mal nos EUA, pessoas fugindo das salas pelo conteúdo visual, e claro com toda a falação em cima da trama, mas por ter visto o primeiro e odiado, aqui cheguei pronto para atirar mil pedras, e eis que voltei para casa com elas guardadas e muito feliz com o resultado entregue, pois agora sim tivemos um filme para ver, violento na medida que o público desse estilo gosta, mas tendo uma história de base para funcionar, e assim acabo recomendando ele bastante para todos (claro desde que não tenha problemas com cenas fortes de violência e escatologias). E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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