Não posso falar muito sobre os trabalhos anteriores do diretor Nathan Frankowski nem sobre o que fez o roteirista Ed Alan, pois do diretor nenhum filme passou por perto de mim, e quanto do roteirista esse está estreando na posição, então posso dizer que entregaram algo com um estilo bem próprio, que funciona dentro da proposta, e que prende a atenção, pois tendo a única sessão legendada bem tarde consegui ficar completamente ligado tentando entender tudo o que desejavam passar, pois ele tem alguns arcos meio que estranhos, mas nada que no final você não saia feliz com o resultado. Porém é fácil demais descobrir que se trata de um primeiro longa de um roteirista, afinal ele esqueceu o principal item de um longa envolvendo uma gestação, que é o tempo dela, e isso o diretor nem tentou disfarçar, entregando algo que você não sabe se o protagonista tá vivenciando um tempo diferente no Inferno, não sabe se a gestação por ser algo fora dos padrões foi apenas em uma semana ou um dia, e menos ainda se o padre que ficou olhando tudo rolando à distância esqueceu que largou alguém lá na fortaleza e apenas se assustou no final, ou seja, vemos um longa com situações bem encaixadas, mas que faltaram determinar as passagens temporais de uma forma mais coerente, e isso é uma falha grave, que dava para ser arrumada bem facilmente.
Sobre as atuações, posso dizer que Alice Orr-Ewing deu literalmente seu corpo para o filme, pois a jovem tem expressões corporais fortes, alguns movimentos complexos, olhares e trejeitos estranhos, além de algumas mudanças visuais bem imponentes para que sua Laura suporte uma gravidez tão marcante, e a jovem foi bem no que fez, chamou atenção e agradou. Já Joe Doyle inicialmente pareceu muito simples com seu Padre Marconi, mas quando o Arcanjo Miguel assume seu corpo, praticamente ganha super-poderes e sai correndo e lutando com tanta imposição que nem podemos dizer que é o mesmo ator, ou seja, se doou bem e agradou. Ainda tivemos momentos tensos com Eveline Hall com sua Liz bem durona e impositiva, Peter Mensah fazendo a versão de Miguel como anjo guerreiro e Brian Caspe fazendo um médico geneticista bem cheio de envolvimento, ou seja, todos foram bem, e ao menos se esforçaram para que seus trejeitos não soassem falsos demais.
Agora no quesito visual volto a dizer que praticamente vi um filme de baixíssimo orçamento, afinal são efeitos bem toscos e estranhos de ver, cenários imponentes mas bem imaginativos, e mesmo tendo alguns atos fortes e cheios de desenvoltura, e ambientes bem detalhados, tudo ficou muito arbitrário, sem grandes chamarizes, valendo claro o visual de um inferno montanhoso em meio a algumas labaredas, e claro a imponente fortaleza dos satanistas, mas tudo ficou parecendo faltar, e assim não vemos um trabalho de equipe de arte que chamasse tanta atenção, e quanto da Besta da Terra é melhor eu nem falar o que pensei daquilo, pois tem jogos de videogame que assustam mais com personagens melhor desenhados computacionalmente.
Enfim, confesso que fui assistir esperando algo bem pior, que talvez ganhasse a cena com sustos gratuitos, mas que acaba sendo mais uma aventura ficcional com um ambiente dark envolvente do que realmente um terror que chame atenção, então quem curte esse estilo pode ir conferir tranquilamente que não vai ficar sem dormir depois, mas sem dúvida dava para melhorar consideravelmente com bem poucas mudanças. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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