Depois de estourar realmente com "La La Land" e ganhar praticamente todos os prêmios, o diretor e roteirista Damien Chazelle fez algo não tão chamativo com "O Primeiro Homem", e agora vem novamente chamando muita atenção com seu novo longa, conseguindo diversas indicações à prêmios seja pela técnica maluca quanto pelo elenco estrelado que pode contar, mas pelo contrário não tem ganho tantos prêmios, o que me deixou um pouco intrigado, e hoje vendo o filme fica bem claro o motivo disso, pois é um filme emocionante e extremamente divertido com tudo o que entrega sobre a história do cinema com personagens em situações bizarras, mas é daqueles filmes que não dá para ficar no meio do caminho, de forma que ou você ama tudo ou odeia tudo, e que muitos nem irão entender tudo o que ele quis passar na tela, então ele correu esse risco e foi ao meu ver brilhante, mas que pesou um pouco a mão com seu ar crítico da mesma forma que pesou a mão para homenagear tudo, e assim sendo agrada quem, eu diria que os fãs de cinema, da história do cinema, e até alguns críticos, mas o restante vai ver, achar maluco demais, e talvez até desistir de tudo, pois como é extremamente longo, na metade o peso do filme cansa, e isso sempre é algo muito ruim de acontecer.
Sobre as atuações, com tantas estrelas passando pela tela fica até difícil falar que algum não tenha ido bem, pois seria forçar a barra demais, então vou me concentrar nos principais para que o texto não vire um livro e para começar tem de ser com Brad Pitt que trabalhou seu Jack Conrad com muita desenvoltura e dinâmica, mostrando algo que talvez até ele esteja vendo um pouco agora depois de meio que se aposentar das telas, pois não vê mais seu rosto em tantos filmes como antigamente que tinha duzentas produções sendo gravadas junto, além disso trabalhou bem olhares e trejeitos canastrões no início se entregando completamente à bebedeira e a farra, ou seja, fez bem tudo o que precisava. Já Margot Robbie fez também algo que está acostumada, sendo sexy no nível máximo, se entregando para milhares de filmes que querem fazer uso da sua imagem, e sofrendo muito com produtores e diretores, só que acredito que o lance das festanças e drogas não seja tanto a sua praia atual diferindo da personagem, mas fez atos fortes e com muita entrega do começo ao fim, chamando demais a atenção e acertando no que tinha de fazer. Outro que foi incrivelmente bem foi Diego Calva que trabalhou seu Manny com tanta intensidade nos atos finais e com tantos trejeitos marcantes nos atos iniciais que pareceu ser até mais do que um personagem, e nem era tão conhecido antes daqui, mas certamente ganhará muitos bons papeis futuros, pois entregou personalidade e desenvoltura total. Ainda tivemos bons atos de Jovan Adepo com seu Sidney Palmer mandando ver no trompete e mostrando muito do preconceito da indústria cinematográfica, mas chamando muita atenção em todos os atos, também tivemos Jean Smart icônica como uma crítica de cinema ácida e presente nas festas com sua Elinor, nos atos finais ainda tivemos um Tobey Maguirre completamente insano e drogado com seu James Mckey, e claro tenho de pontuar também as participações icônicas em vários atos de Lukas Haas com seu George, Li Jun Li com sua Lady Fay e Olivia Wilde com sua Ina Conrad, mas todos importantes sem grandes impactos.
Visualmente a trama é incrível, cheia de cores fortes, mostrando uma festa inicial sem limites de sexo de todos os tipos, pessoas dançando de forma estranha, objetos icônicos e até um elefante sendo usado em cena, além de muita bebida, drogas por quilo e metro quadrado, músicos e tudo mais, ou seja, uma tremenda farra, depois vemos bem todas as diversas gravações dos filmes mudos aonde tinham de ser extremamente expressivos os atores e como eram feitos os cartões de legenda na época, vemos uma Hollywood no mato literalmente, corridas para bem longes para arrumar câmeras, cenas de ação que muitos morriam e se matavam com objetos cortantes, vemos depois toda a mudança para os filmes falados e as captações de som que eram gigantescas e demoradas que estressavam todo mundo, vemos festas mais requintadas com os ricos que passaram a investir dinheiro e exigiam mais aparições de classe dos atores, e mais próximo ao fim vemos toda uma homenagem bem bacana com tudo o que o cinema já mostrou seja artístico, comercial, tecnológico ou apenas experimental, ou seja, a equipe de arte literalmente deu o sangue pelo filme, e deve ser recompensada com prêmios de design de produção.
A trilha sonora é completamente requintada de muitos elementos de sopro e bateria, que ficam o tempo inteiro num jazz e blues sem limites, tocando não apenas canções, mas também ditando o ritmo, o que acaba sendo bem legal de ver do começo ao fim, e acaba mais do que sendo apenas algo de envolvimento, mas como parte cênica dos atos, ou seja, temos personagens bons que mostraram a que vieram.
Enfim, é um tremendo filmaço de homenagem ao cinema, sendo o cinema sendo criado dentro da telona, o que vai fazer pessoas da área se emocionarem, rirem demais com tudo, e outras pessoas até curtirão o que verão na tela, mas pode ser que não se conectem e entendam tudo o que está sendo mostrado, mas ainda assim recomendo ele a todos, e digo que vá bem descansado, pois os 189 minutos são bem alongados e poderiam ser menores como já disse no começo, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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