Como disse no começo, o diretor e roteirista Guy Ritchie tem esse estilo de filmes com personagens canastrões que gostamos de ver, e aqui ele usou e abusou do protagonista ter personalidade e ser bom de briga, pois fez com que sua trama fosse completamente a cara de Jason Statham, sendo algo até grandioso e bem produzido, com uma história sem grandes surpresas, mas que funciona como um bom entretenimento deve ser, cheio de atos bem amarrados, cheio de cenas malucas e explosivas, e seguindo a ideia conseguiu mostrar seus estilo preparando o caminho já para uma continuação, mas mais do que isso conseguiu brincar com a síntese das vendas de produtos para destruição em massa e envolveu toda a ideia para algo bem marcado e funcional, coisa que sempre vemos em seus filmes. Ou seja, é daquelas tramas cheias de boas sacadas, com dinâmicas rápidas e ainda contando com personagens que agradam, o que é um pacote bem cheio para tudo o que desejamos ver num filme do estilo.
Sobre as atuações, não sou fã do estilo brucutu de Jason Statham, mas gosto demais do seu jeito sagaz de fazer acontecer e trabalhar suas lutas com uma comicidade meio que suja, mas bem colocada, e aqui seu Orson Fortune tem exatamente tudo o que é preciso para se ele quiser fazer uma franquia de muitos filmes, pois o lado de suspense é bem funcional, o lado das lutas não soa artificial e conforme vai desenvolvendo suas sacadas conseguem deixar ele ainda maior do que é, ou seja, é quase um 007 sem cansar o público com falas sofisticadas, e isso é algo primoroso no estilo. Aubrey Plaza foi muito sagaz com a forma escolhida para sua Sarah Fidel, pois mostrou uma mulher muito inteligente, preparada para tudo e ainda podendo ser sexy com estilo, sem precisar apelar para nada, ou seja, foi muito bem no que fez, e mesmo fazendo algumas piadas meio que bobas demais, acertou em cheio. Hugh Grant é daqueles que sabem fazer personagens milionários com muito estilo, e aqui o seu Greg Simmonds é cheio das facetas, tem um carisma marcante e entrega tudo com muita intensidade e boas sacadas cômicas, de modo que convence não como um vilão, mas sim um negociador de coisas ruins, e chama muita atenção com o que faz, ou seja, um belo acerto. Confesso que no trailer confundi Cary Elwes como Hugh Grant, mas são dois personagens diferentes no longa, e seu Nathan tem muito estilo, fica bem nos bastidores, e consegue chamar muita atenção em tudo, ou seja, deu estilo para a trama do lado dos "bonzinhos". Ainda tivemos Bugzy Malone com seu JJ Davies e Josh Harnett com seu Danny Francesco muito bem trabalhados, cheios de desenvolturas com seus personagens, com Bugzy dando mais o lado operacional e Josh o lado galanteador bem encaixado, mas ambos precisos no que a trama necessitava. Ou seja, um elenco de peso muito bem trabalhado que iremos querer ver numa possível continuação.
Visualmente a trama é bem intensa e cheia de detalhes bem caros como mansões, jatinhos, iates, perseguições com carros e tudo mais que o gênero permite, além de explosões, tiros para todos os lados, muita computação e tecnologia envolvida, além de figurinos ricos e muita coreografia bem trabalhada nas cenas de luta do protagonista. Ou seja, é daqueles filmes que a equipe de arte já vai com o cartão de crédito liberado para sair gastando, pois onde quer que olhemos tem algum detalhe para ser reparado, e isso mostra que desejavam algo a mais em cena, e foram bem no que fizeram.
Enfim, é um filme que esperava ver muita ação e pancadaria, e poucas dinâmicas de mistério e aventura, mas que souberam dosar bem tudo o que tinham para entregar e o resultado acabou surpreendendo bem, então recomendo ele para quem gosta de filmes bem trabalhados, e principalmente curte as loucuras de Guy Ritchie, que aí é só entrar no clima e se envolver com o passatempo completo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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