Globoplay - Esquadrão Secreto (Secret Headquarters)

1/29/2023 04:11:00 PM |

Gosto bastante de filmes reflexivos, mas também gosto de bobeiras que as vezes entregam apenas passatempos para uma tarde de Domingo, e eis que nessa tarde de domingão resolvi dar o play no lançamento que chegou na Globoplay/Telecine, "Esquadrão Secreto", que é um filme original da Paramount+, então pode ser conferido em qualquer uma das plataformas. Claro que passa bem longe dos tradicionais filmes de super-heróis, e também de filmes que crianças ganham poderes como já vimos em outros exemplares espalhados pelas mil plataformas de streaming que temos hoje, mas a base é tão simples quanto de uma fonte de energia extraterrestre que dá poderes para alguém, e aqui a brincadeira cai com um pai que esconde isso do filho e o garoto descobre sozinho o esconderijo com senhas tão banais quanto 1+1=2, e tudo se desenrola, ou seja, não é um filme ruim, tendo efeitos e ambientes até que bem interessantes, mas é simples demais, e quem não curtir o estilo passatempo de domingo vai reclamar mais do que gostar do que é entregue.

A sinopse nos conta que Charlie Kincaid acidentalmente descobre um quartel-general secreto sob a casa de seu pai que parece pertencer a um super-herói. Ele não perde tempo em compartilhar essa descoberta com seus amigos, e logo eles começam a acreditar que seu pai, Jack, pode estar levando uma vida dupla secreta. Seu pai é o super-herói nesta sede? Charlie não demora muito para resolver essa questão, pois quando os vilões atacam, ele deve se unir a seu pai para defender o quartel-general e salvar o mundo.

Os diretores e roteiristas Henry Joost e Ariel Schulman já nos entregaram bons filmes recheados de ação como alguns dos "Atividade Paranormal", "Nerve" e até "Power", mas sempre com um cunho mais violento e intenso que não serviam para cativar a família assistir com todos os membros juntos, e se a moda atual é colocar filmes de super-heróis, aqui eles quiseram brincar um pouco com isso, ousando jogar todas as sacadas/clichês do gênero em um filme leve e bem desembaraçado para as crianças curtirem, de tal forma que não vemos grandes motes, mas sim toda a desenvoltura de quando os pequenos pegam os apetrechos para brincar/usar para seus ganhos e como descobrir um super-herói escondido como um familiar. Ou seja, é a base mais simples do gênero, que funciona, mas que não eleva nem a grandes conselhos nem a algo que se deseje ver mais, e assim embora talvez uma continuação servisse para algo melhor, dificilmente façam um segundo, pois não foi tão além de um passatempo na entrega.

Agora sobre as atuações, ainda estou me perguntando o que o produtor de elenco tomou para achar que Owen Wilson de super-herói e Michael Peña de super-vilão seria uma boa ideia, pois nenhum deles tem perfil disso, e apenas fizeram cenas bobinhas demais nos seus atos, tendo até algumas boas lutas e expressividades, mas Owen é o tradicional bobão ingênuo que cai bem em filmes mais puxados para romance ou emocional, e sabe fazer bem papeis de pai, mas não alguém que precise lutar e tudo mais, e Peña é basicamente a mesma coisa com um sotaque latino, então tiveram ambos bons atos, mas de forma alguma os vemos ali onde foram colocados. O jovem Walker Scobell infelizmente vai ficar um bom tempo longe dos cinemas, pois após ir muito bem no filme da Netflix, "O Projeto Adam" acabou contratado para viver Percy Jackson na série, e se forem fazer todos os livros ele já pode esquecer de fazer qualquer outro papel, e aqui ele demonstrou ainda mais carisma e boa desenvoltura nos trejeitos de seu Charlie, sabendo aonde dar as dinâmicas do papel, sendo infantil mas sem soar bobo e agradou com boa desenvoltura cênica, ou seja, chamou a responsabilidade do protagonismo para si. Sinceramente achava que Jesse Williams que seria o grande vilão do longa com seu Irons, mas ele fez ares fortes e apenas terminou bem encaixado como um parceiro do protagonista no final, e assim acabaram usando pouco ele, o que é uma pena. Ainda tivemos bons atos com os demais personagens "jovens adultos" como se denominaram, com Keith L. Williams com seu Berger meio que gritador demais, Momona Tamada com sua Maya esperta e bem sagaz nos movimentos e Abby James Whiterspoon como a patricinha das mídias Lizzie, mas todos apenas bem encaixados, sem grandes explosões.

Visualmente a trama foi bem cheia de detalhes, com um QG completo de elementos tecnológicos, aonde as crianças puderam brincar bastante com vários apetrechos e dominaram bem cada um dos elementos para usar contra os soldados do vilão, contando com bons efeitos e cenas interessantes, vários arranjos e tudo mais, tivemos ainda boas cenas na escola com um baile meio que capenga de figurantes, mas tudo dentro da proposta, e alguns elementos cênicos de voo do protagonista que lembraram um pouco "Homem de Ferro", mas bem mais pobre, então toda a dinâmica cênica teve muito de computação gráfica e não erraram tanto, o que acaba sendo uma grata surpresa.

Enfim, não é daqueles filmes memoráveis que vamos lembrar daqui alguns meses, mas que certamente valeria uma continuação para desenvolver melhor o personagem e ir além como um bom filme de super-herói merece, e sendo assim quem estiver precisando de um bom passatempo para ver com a garotada até que é uma boa dica, então fiquem com essa recomendação, que eu fico por aqui agora, mas volto logo mais com mais textos, então abraços e até logo mais.


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