Diria que temos um erro duplo de exagero aqui, pois tanto a diretora Sophia Banks quanto o roteirista Jinder Ho são estreantes em longa metragens, então provavelmente Ho sonhou com coisas mirabolantes e Banks foi e comprou a ideia, fazendo algo que não precisaria de tanta tecnologia e desenvolvimento, nem imagens computacionais tão forçadas, mas entregaram assim e ficou parecendo até uma novela de emissora ruim com tanta coisa desenhada num filme digamos "realista". Ou seja, volto a frisar que a ideia de um criminoso misterioso é bem interessante, o desenvolvimento de mudança de lado de alguns também, e toda a desenvoltura criada chama a atenção, mas dava para fazer sem precisar ficar tão "fictício" para agradar mais.
O mais engraçado de tudo é que temos bons atores para uma história assim digamos bagunçada, e Michelle Monaghan entregou boas dinâmicas como uma analista da CIA disposta a brigar muito para saber quem matou seu marido e sua filha num atentado, ao ponto que sua Abby até chama a responsabilidade muitas vezes, e soa até forçado ganhar algumas lutas e imposições, mas fez bem o que precisava, e agradou de certa forma. Jai Courtney foi bem brucutu como costuma ser nas tramas com seu Miller, e até chega a soar irritante alguns de seus atos, mas o ator dá o tino certo que deveria fazer para o papel, e o resultado funciona. Já Jason Clarke é praticamente uma máquina violenta desenfreada com seu Hatchet, ao ponto que vemos lutas, sabotagens e tudo mais que fosse possível com uma desenvoltura rápida e imponente que chega a chamar até atenção, só faltando uns diálogos melhores para que o personagem tivesse conteúdo, mas isso não foi culpa dele, e assim fez bem o que foi mandado fazer. Quanto aos demais, tivemos bons momentos de Phoenix Raei com seu Uri e alguns atos bons de luta de Pallavi Sharda com sua Tessa, mas sem darem grandes nuances para o filme, apenas sendo quase protagonistas e indo bem no que precisavam fazer.
Agora visualmente a instalação é incrível com várias celas e ambientes bem trabalhados, computadores tecnológicos, uma sala de servidor bem marcada, um ambiente recreacional amplo e com muitos detalhes, muitas armas, facas e elementos prontos para servirem para as brigas e matanças, uma escada gigantesca que leva às antenas, e muita areia num deserto computacional bem estranho, e aí é que fica a deixa, pois com a qualidade das imagens se nota que tudo é falso, e assim o filme ficou sem muita base, o que não agrada, mas ao menos a equipe de arte tentou bastante acertar, e fez grandes explosões em muitas cenas.
Enfim, é um filme que volto a dizer que dá para passar um bom tempo assistindo, pois é curto com apenas 93 minutos, mas que merecia um trabalho melhorado para ficar mais realista e intenso, então quem estiver com tempo sobrando pode dar um play descompromissado se não for esperar muita coisa. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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