Diria que a diretora Kasi Lemmons soube ser bem perfeccionista no desenvolvimento da obra roteirizada por Anthony McCarten, pois nos é mostrado toda a vida de Whitney como se estivéssemos a acompanhando lado a lado, vendo suas ambições, seu desenvolvimento, suas paixões e claro suas paranoias também, de modo que a diretora não deu margem para atos complicados e que saíssem da base conhecida da cantora, tanto que muitos fãs é capaz que não enxerguem nenhuma novidade na tela, mas sim tudo o que sempre foi mostrado pela mídia, mas a grande maioria não vai se lembrar de coisas de mais de 10 anos atrás, quanto mais do começo da carreira da cantora, e tudo é cheio de envolvimento e boa desenvoltura da atriz, de modo que nos shows e exibições ficamos até meio que pensando ser exibido o real ao invés da interpretação, pois gestualmente pelos trejeitos e com um lipsync tão perfeito vemos a boca da atriz cantando tudo com a voz original, e assim sendo é algo mágico que arrepia e tem muita personalidade. Ou seja, mesmo mostrando várias coisas ruins do fim da carreira dela, a maior parte do filme faz jus a uma homenagem linda e bem trabalhada, que o roteiro conseguiu captar bem todos os melhores atos, e a direção fez isso ter vida.
Sobre as atuações, posso dizer com todas as letras que Naomi Ackie impressionou demais com o que fez com sua Whitney em todas as épocas, trabalhando cabelos, maquiagens, figurinos e tudo mais que pudesse dar um incremento para que ficasse um clone da cantora, e seu gestual foi muito bem estudado, e claro que provavelmente nos bastidores ou para si a jovem cantou realmente para fazer o movimento da boca, e assim sendo deve ter sido lindo demais para ela ver aquele vozeirão explodindo em todas as canções com ela ali entregando tudo, ou seja, fico bem triste de não ver ela entre os indicados das premiações, pois foi muito bem em tudo, agora se queriam que ela cantasse pra valer já era abusar demais, afinal como disse no começo a Voz com letra maiúscula mesmo só a original Whitney Houston. Outro que impressionou demais pela transformação e pelo desenvolvimento nos atos foi Stanley Tucci, pois sinceramente não tinha reconhecido ele como Clive Davis com toda a maquiagem e o estilo que acabou entregando, sendo realmente um grande amigo da protagonista, e dosando conversas e atos com tanta precisão que acertou em cheio, ou seja, irreconhecível e perfeito demais. Ainda tivemos muitos bons momentos de Nafessa Williams como uma Robyn cheia de personalidade, com trejeitos marcantes e muita desenvoltura para se conectar quase como um elo único da protagonista, tivemos também Tamara Tunie como a mãe Cissy Houston bem marcante e cheia de estilo, outro que foi bem trabalhado nos trejeitos foi Ashton Sanders como um Bobby Brown malandro e imponente nas atitudes que ajudaram a afundar a personagem, e fechando o elenco secundário de forma perfeita Clarke Peters fazendo o pai John Houston que praticamente gastou toda a fortuna dela, fazendo atos bem marcantes e diretos que chamaram bastante atenção.
Visualmente o longa conseguiu representar bem no começo o começo de Whitney na igreja e como backing vocal da mãe nos shows que fazia, vemos muitas cenas na gravadora Arista Records tanto na sala de Clive recheada de referências quanto no estúdio de gravação bem trabalhado, vemos alguns clipes sendo feitos, mas principalmente shows gigantescos como o da abertura do Super Bowl de 1991, o medley no American Music Awards de 1994, o gigantesco show na África, e claro seu retorno na Oprah que não fizeram questão de colocar nenhuma atriz para representar a apresentadora, além claro da gravação do filme "O Guarda-Costas", ou seja, a equipe escolheu bem os melhores momentos, figurinos e tudo mais, sendo representativo claro sem mostrar como acabou acontecendo o seu fim.
A trilha sonora é bem fraquinha, contando apenas com 35 músicas que foram bem colocadas nos vários momentos sejam na íntegra ou em pequenos pedaços, mas totalmente representativa, e que aqui no link estão inteiras, ou seja, mais de duas horas para vocês curtirem, então só dá o play.
Enfim, a pergunta que não quer calar: é um filme perfeito? Não, pois como bem sabemos dublagens as vezes soam falsas, ninguém vai conseguir ser tão representativa como alguém que foi icônica e única, mas tudo é tão bom, tudo arrepia tanto que nem consegui tirar os olhos da tela na maior parte do filme, claro que faltou muita coisa, e também pegaram leve nos diálogos para não forçar tanto a voz da protagonista que certamente subiu bem o tom para se igualar a personagem, então não darei a nota máxima, baixando apenas um pontinho, mas ainda assim amei tudo o que vi na telona e recomendo demais para todos, então vá conferir. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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