O diretor Gerard Johnstone pode não ser muito conhecido, mas pegou uma história do mestre do terror moderno James Wan e conseguiu criar bastante em cima dela, pois toda a intensidade cênica foi moldada para algo para maiores de 18 anos, e ao criar a sacada da dancinha que viralizou no TikTok e outros aplicativos das redes sociais, o diretor simplesmente explodiu a cota de marketing e modificou o longa para algo aceitável de ver com censura de 14 anos, e como já disse no começo, não ficou ruim de ver, só não ficou pesado e tenso, mas deu possibilidades para que o filme tivesse condições de envolvimento bem maiores do público com a protagonista, e o melhor, ele conseguiu fazer com que o público ficasse do lado da boneca do mal e não dos personagens humanos, ou seja, acabou sendo daquelas vilãs que torcemos para que se dê bem, e sem dar spoilers de como o longa termina já deram o anúncio que em 2025 teremos "M3GAN 2.0" então é só esperar, pois o sucesso já veio.
Sobre as atuações, já de cara temos de dar os parabéns para toda a movimentação incrível que Amie Donald deu para a boneca, pois foi algo muito realista e interessante, cheio de grandes facetas e desenvolturas e chamou muita atenção para a personagem, e juntando a voz de Jenna Davis ficou ainda mais marcante, com uma entonação que por vezes era doce, mas em outros momentos era melhor correr que causava impressão forte de fazer calar o público. Allisson Williams já fez muitos papeis de vilã, e com isso o público não queria ver ela sobrevivendo à boneca não, mas sua Gemma entregou uma personalidade forte, um pouco confusa em como cuidar da sobrinha, mas bem inteligente e colecionadora de brinquedos, ou seja, dá pra gostar dela também um pouco. A garotinha Violet McGraw entregou um semblante tão triste com sua Cady, que realmente dá para sentir pena dela, mas também teve atos de gritaria que davam para ser menos explosivos, ou seja, oscilou muito de temperamento, e isso mostrou o que sabe fazer na tela, e assim certamente vai longe na carreira de atriz. Ainda tivemos atos bem colocados de Lori Dungey como a vizinha Célia chata demais, Brian Jordan Alvarez com seu Cole medroso demais, Jen Van Epps fazendo uma Tess cheia de ideias, Amy Usherwood como a secretaria social Lydia chata a beça e até Stephane Garneau-Monten com um Kurt copião de projetos, mas sem dúvida um dos secundários que marcou bem em cena foi Ronny Chieng com seu David cheio de personalidade e que incomoda como um chefe persuasivo, então a dancinha da boneca foi bem colocada para ele.
Visualmente a trama foi bem tecnológica com cenas mostrando bem a fábrica de brinquedos inteligentes para os jovens modernos, com valores bem salgados para os pais entrarem numa dívida eterna, vemos o laboratório cheio de elementos tanto na empresa quanto na casa da protagonista, vemos uma vizinha pentelha com o famoso furo de cerca que ninguém nunca arruma, atos tensos num barracão de equipamentos guardados, uma escola ao ar livre meio sem nexo com a cena famosa da boneca perseguindo o garotinho, e bons atos dentro de uma casa recheada de elementos bem encaixados e muita tecnologia também envolvida, de forma que nada soou falso, e isso que é o melhor de ver num filme assim, pois geralmente os longas de terror tem tudo muito jogado, e aqui desde a boneca perfeita, tudo foi muito bem criado para dar as devidas nuances visuais.
Enfim, é um bom filme com boas sacadas e um desenvolvimento cheio de atos bem encaixados, que como disse poderia ter sido mais violento, poderia ter sido mais intenso e até poderia ter chamado mais atenção como um terror deve ser, mas o dinheiro falou mais alto e assim sendo o resultado é honesto, divertido e que funciona ao menos por apresentar um novo personagem que certamente será muito usado ainda, veremos o que nos espera em 2025, mas não deixem de assistir, de fazer as dancinhas para ganhar prêmios nas redes sociais, e tudo mais, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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