Diria que o diretor Stephen Herek é fã de cachorros desde 1996 quando dirigiu a animação original da Disney, "101 Dálmatas", e aqui ele trabalhou até que bem o livro de Pauls Toutonghi que o roteirista Nick Santora adaptou para a tela, pois vemos toda a composição cênica funcionar, vemos as dinâmicas entre os personagens serem bem dimensionadas de tal forma que realmente o cãozinho ficou parecendo ser deles (embora sempre estivesse com alguns olhares para fora da câmera - provavelmente para seu real dono) e também conseguiu passar a química quente entre pai e filho serem amornadas durante toda a trama, ou seja, tudo foi bem fluido e gostoso de ver, que mesmo sendo simples como disse no começo, acaba sendo leve e bem trabalhado, ao ponto que não nos incomoda essa simplicidade cênica e o resultado acaba parecendo uma boa sessão da tarde para se curtir sem pensar em muita coisa, apenas acompanhado do lencinho para se emocionar com tudo.
Sobre as atuações, diria que o jovem Johnny Berchtold foi bem com seu Fielding, teve uma boa conexão com o cachorro e fez bons trejeitos de dor nos atos que precisou demonstrar isso, ao ponto que não soou tão artificial como nas cenas que fez com seu pai, pois ali faltou um pouco mais de envolvimento, principalmente no começo. Da mesma forma Rob Lowe soube segurar bem toda a essência clara nos atos familiares, demonstrando claro a falta de conexão de ambos por serem bem diferentes, e tentando uma aproximação não muito bem convencionada, o resultado soou estranho no começo, e claro com o cachorro inicialmente não quis muito, mas depois já estava brincando todo faceiro com ele. Kimberly Williams-Paisley inicialmente fez uma mãe bem tradicional, que não entende nada de tecnologia, mas vai aprendendo tudo tão rápido que até chega a surpreender, mas diria que forçaram um pouco a barra com a representação dela criança e a perda de seu cachorro lá, pois ficou parecendo algo meio que fora do contexto, com pais rígidos e uma garotinha que não lembrou em nada ela, ou seja, seu ato de ligação no final foi bem bonito de juntar as histórias, mas faltou trabalhar melhor a cena do passado. Ainda tivemos Nick Peine dando alguns atos meio que bobos de seu Nate, mas que encaixou bem na junção do jovem protagonista, mas poderia ser algo menos jogado.
Visualmente a trama foi mais fechada, praticamente toda filmada em trilhas, campings e cidades bem conectadas à floresta, dando uma nuance meio que repetitiva, mas que funciona dentro da ideia toda, e a casa dos protagonistas bem rica em detalhes, com todo o processo de busca amarrado quase como em uma série policial bem marcante, ou seja, forçaram um pouco a barra na representação de tudo, mas que a mistura de road-movie com a densidade dramática dos ambientes até foi bem feita.
Enfim, é daqueles longas para passar um tempo gostoso na frente da TV, se emocionar com tudo o que é entregue e vivenciar os devidos momentos de reflexão e mote familiar, mas que por ser bem simples, muitos nem vão entrar tanto nessa ideia, então fica sendo apenas uma recomendação de uma boa sessão da tarde. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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