Diria que o diretor e roteirista Jonathan Jakubowicz foi daqueles que não quis trabalhar enrolações em seu longa, de modo que toda a essência da trama é entregue de maneira simples e crua, muito bem ambientado e representativo, de tal maneira que entramos completamente no clima do filme, acabamos nos envolvendo com todos os personagens, suamos frio com todas as cenas do vilão, seja na da piscina, do trem ou das árvores, sorrimos com toda a personalidade do protagonista entregando vivência e muito envolvimento, ou seja, o diretor soube nos cativar com cada detalhe de sua trama, não ficando enrolando, nem criando desenvolturas abertas demais, o que é maravilhoso de ver num filme desse estilo, então sem dúvidas alguma posso dizer que foi um trabalho excepcional do diretor tanto na forma de mostrar quanto na criatividade de montar tudo.
Sobre as atuações vou confessar que fiquei bem surpreso com o trabalho de Jesse Eisenberg, pois o ator sempre faz as mesmas expressões nos seus filmes, e aqui precisando fazer um mímico deu tanta personalidade para seu Marcel que nos envolve por completo com bons trejeitos, boas dinâmicas e principalmente sendo comum, algo que ele não costuma fazer, pois sempre exagera, ou seja, aqui ele foi incrível e deu um show com o que fez. Agora se nos apaixonamos por Matthias Schweighöfer nos dois filmes "Army of the Dead", aqui se prepare para ficar com muita raiva dele, pois o ator entrega tudo e mais um pouco com seu Klaus Barbie, sendo imponente e cheio de dinâmicas, fazendo um papel memorável que facilmente vai credenciá-lo para outros grandes papeis. Ainda tivemos bons atos de Clémence Poesy com sua Emma bem dramatizada e entregando envolvimentos para com o protagonista, Félix Moati incrivelmente fazendo o irmão do protagonista Alain, sem ter grandes nuances (o que é uma pena, pois ele é ótimo), e claro Bella Ramsey dando ótimos atos para sua Elsbeth emocional e muito bem colocada.
Visualmente a trama foi muito bem produzida, com cenas em castelos, em esconderijos, mostrando uma cidade de Lyon ocupada pelos nazistas, vemos toda a intensidade das cenas nos trens, na fuga pelos Alpes, além de cenas imponentes num hotel mostrando tanto uma piscina vazia aonde muitos foram executados, bem como uma sala de tortura preparadíssima para fazer as pessoas falarem, além de outros atos icônicos como pessoas denunciando os demais para serem livres e receberem algum dinheiro, ou seja, o filme foi bem simbólico, mas também bem realista, mostrando que a equipe de arte trabalhou bastante e entregou tudo o que precisava.
Enfim, um ótimo filme que chama muita atenção, e que facilmente entra dentro dos que valem a pena ser conferidos sobre a época da guerra, valendo tanto como um filme biográfico do mímico quanto do período de invasões dos nazistas, então fica a dica para o play, e eu fico por aqui hoje, voltando em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
2 comentários:
Excelente filme! Fernando, amei sua crítica! Abraços!
Obrigado Célia... filmaço mesmo né!!! Abraços!
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Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...