O Grande Mauricinho (The Amazing Maurice)

1/29/2023 10:49:00 PM |

Cada vez mais tem surgido animações com propostas malucas que misturam estilos e histórias clássicas, dando um tom diferente de tudo e que acabam brincando com o imaginário e com as ideias dos espectadores, de modo que tudo tenha estilo e cative também dentro da proposta, e isso é genial, pois sempre reclamamos de várias refilmagens, vários longas trabalhando as mesmas ideias, e quando vem algo diferente por vezes torcemos o nariz e não entramos no clima. E uma história bem maluca que entra em cartaz nos cinemas na próxima semana é o filme "O Grande Mauricinho", que brinca com a trama do "Flautista de Hamelin", mas de uma maneira mais icônica, dando voz para diversos narradores, mudando por vezes o protagonista durante toda a exibição de forma que não cansa pelo estilo chamado, mas sim revirando tudo para que conhecêssemos os personagens, criássemos carisma com os diversos ratinhos, e pouco entrasse na onda dos humanos, o que acaba sendo bem legal, porém é um filme com uma pegada meio maluca, que muitos podem assustar num primeiro momento, e ficar meio apreensivos com toda a estética, mas ao final tudo faz muito sentido, e o resultado acaba sendo algo divertido de ver, e que entrega uma boa sacada de fechamento que está entrando na moda, então fica a dica para conferir nos cinemas.

A sinopse nos conta que Mauricinho é um gato muito esperto que inventa um golpe para ganhar dinheiro fácil. Ele faz amizade com um grupo de ratos falantes e passa a viajar de cidade em cidade oferecendo-se para resolver misteriosos problemas de infestação… de ratos! Tudo vai bem com o golpe, até que Mauricinho e os roedores chegam à cidade de Bad Blintz e conhecem Marina, uma menina muito inteligente que pode fazer o plano ir por água abaixo.

O mais engraçado é que o diretor e roteirista Toby Genkel tem sido um dos que mais trabalha com animações diferentes dos moldes usuais, tendo entregue nos últimos anos "Epa! Cadê o Noé?" e sua sequência "Epa! Cadê o Noé? 2" e também "Missão Cegonha", que brincaram com o lúdico de histórias casuais e acabou divertindo bastante a todos, e aqui ele ousou mais uma vez nessa trama que é baseada no livro de Terry Pratchett e que foi roteirizada por Terry Rossio ("Aladdin", "Shrek") que acaba brincando com o fator de união para destruição, brinca com o lado de ganhar dinheiro usando os outros, e até mesmo a redenção de bondade no final, mas que entrega atos bem malucos para passar tudo, e com dinâmicas bem rápidas para evidenciar toda a essência da trama. Ou seja, pode ser que alguns menorzinhos não entrem tanto no clima que o diretor brincou, mas como tem boas cores e muitos personagens em movimento constante talvez peguem eles nesse conceito, já os maiores vão rir das situações e quem entrar por completo no clima vai curtir bastante, pois o diretor fez claramente uma história mais juvenil do que infantil dessa vez.

Sobre os personagens, dessa vez vi a versão original com Hugh Laurie, Emilia Clarke, Himesh Patel, Gemma Artenton, entre outros, mas sei que no Brasil virá com dublagens de Marcelo Adnet, Sophia Valverde e Marcus Eni nas vozes principais, então certamente o tino cômico vai ser ainda maior, e posso dizer que o gato Mauricinho é bem bacana, tem boas sacadas e dinâmicas cênicas bem trabalhadas, dando o devido encaixe tanto com os ratinhos quanto com os humanos, e isso é algo que funcionou bem, e falando nos humanos, ficou bem trabalhado toda a interação narrativa de Marina, que lê muitos contos de fadas e gosta de se ver no meio das tramas, ainda tivemos o garotinho Kinho que toca flauta muito bem e se conecta com todos, isso sem falar nos ratinhos bem trabalhados que levam os nomes das comidas que comeram e deram as vozes para eles, sendo bem bacana todo o ar de cada um, seus atos heroicos e cheios de desenvoltura, ou seja, é daqueles filmes que tem personagens bem desenhados e cada um com personalidades bem marcadas, o que dá um tom a mais para o filme.

Visualmente a trama foi bem desenvolvida numa cidade bem colocada, com desenhos não tão realistas, mas também não tão falsos, que ficassem fora de contexto, temos os vários elementos das cenas com comidas sumindo, vemos toda a interação dos ratinhos em luta contra cachorros, e bons elos desenvolvidos entre os personagens seja na floresta em busca da flauta que tenha um real encanto, além de um final bem interessante e marcado com a essência do filme, ou seja, vários símbolos, cores e envolvimento desde o quarto da garota quase parecendo uma biblioteca de tantos livros, até um esconderijo de comida recheado de gulodices, e assim o resultado funcionou bem nesse sentido.

Enfim, é uma trama bem diferente do usual que diverte na medida sem ser algo muito grandioso como estamos acostumados a ver nas animações de grandes estúdios, mas que funciona bem dentro do que é proposto, sendo uma grata surpresa para quem gostar do estilo mais dinâmico, então fica a dica para a conferida na próxima quinta nos cinemas. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


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